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Cuiabá, 26 de Abril de 2024
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08 de Dezembro de 2018, 08h:55 - A | A

OPINIÃO / MAX CAMPOS

A importância do vice-governador

Um bom companheiro de chapa pode colaborar e muito na gestão pública



O candidato a vice-governador é escolhido durante a convenção partidária.       

A convenção é uma reunião do partido com participação dos filiados, para que sejam decididos assuntos importantes do partido e seja feita a escolha dos candidatos que vão concorrer nas eleições.

Pelo menos oficialmente, não são muitas. Pode-se dizer que a principal função de um vice é justamente ser o substituto imediato do titular do cargo.    

Em caso de renúncia, morte, cassação ou Impeachment do titular, é o vice que herda seu cargo. Ele também assume o cargo quando o titular se ausenta do Estado.

Para além de ser meramente um tampa-buracos, o vice pode ser também um articulador político, auxiliando o titular do cargo no que estiver a seu alcance. Ou seja, ele não precisa assumir o cargo definitivamente para ser uma pessoa ativa na gestão.

Mas qual a função do vice governador? 

O cargo de vice-governador, como o de vice-presidente da República, é necessário para a imediata substituição do titular em caso da eventual ausência do governador. Além disso, o vice-governador auxiliará o titular do mandato sempre que por ele convocado para missões especiais.

Um bom companheiro de chapa pode colaborar e muito na gestão pública dialogando com a sociedade e somando forças com o titular. 

Portanto, é muito importante entender os principais fatores envolvidos na escolha de um vice.

Após as eleições, o governante terá de formar uma coalizão que o apoie. Note que não estamos falando mais de coligação, pois ela só serve para fins eleitorais. Assim que a eleição termina, cessa também a coligação. Mas a coalizão, que é um arranjo informal de parlamentares que apoiam o governador eleito, deve existir ao longo de todo o mandato, dentro do Poder Legislativo.

O vice pode ajudar a articular essa coalizão, especialmente se for de um partido diferente do titular. Nesse caso, de nosso Estado o são. Ele pode ter mais facilidade para convencer seus correligionários e mantê-los dentro da base de apoio do governante.

Nesse sentido, em 1º de janeiro, juntamente com o governador eleito senhor Mauro Mendes, assumirá também o senhor Otaviano Olavo Pivetta. Sua história com as terras mato-grossenses começou em 1982 quando mudou-se para Lucas do Rio Verde, desde então se dedicou ao ramo da agricultura e ao movimento comunitário. 

Como empresário rural, investiu na produção arroz, soja, milho, algodão, suínos e bovinos . Tais atividades o levaram a criar a Vanguarda do Brasil S.A, que posteriormente se tornou a Vanguarda Agro S.A. hoje considerada a maior empresa do ramo no País.

Em 1997 assumiu o cargo de prefeito de Lucas de Rio Verde sendo reeleito em 2000 e eleito novamente em 2013.       

Usando a visão empresarial, Otaviano implantou o sistema de gestão de resultados. Sob sua liderança, Lucas do Rio Verde se tornou uma das melhores cidades do Brasil em qualidade de vida. 

O vice precisa ser uma pessoa da confiança do titular da chapa. Por um lado, ele deve demonstrar que está apto a ser um bom substituto, com qualificações que o credenciem como gestor público.

Também não se pode menosprezar a importância da afinidade de idéias entre o vice e o titular. Eles precisam estar sintonizados e ter prioridades semelhantes, caso contrário, podem surgir conflitos como já vivenciado na gestão anterior. 

Mato Grosso tem que esquecer o retrovisor e olhar para frente. E nesse momento, pelos próximos 4 anos, estará nas mãos de Mauro Mendes e Otaviano Pivetta.

MAX CAMPOS é servidor público estadual e articulista político.

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