CELLY SILVA
DA REDAÇÃO
O juiz federal Jeferson Schneider, da 5ª Vara Federal, determinou que os imóveis de Samuel Maggi Locks sejam hipotecados até o montante de R$ 466 mil, que é o valor da ação movida pelo Ministério Público Federal (MPF) contra o empresário, que é alvo de ação penal derivada Operação Ararath. A decisão é do dia 2 de agosto.
Samuel Maggi Locks foi denunciado pelo MPF, no início do ano, juntamente com outros empresários e políticos como Éder Moraes, os irmãos advogados Alex e Kleber Tocantins, entre outros.
A medida visa garantir que, caso condenado, o erário seja ressarcido no montante reclamado pelo MPF. O juiz ainda determinou que seja emitido ofício ao cartório imobiliário para que seja feito o levantamento dos bens em nome de Samuel para que se proceda a hipoteca legal.
Entenda o caso
Samuel Maggi Locks foi denunciado pelo MPF, no início do ano, juntamente com outros empresários e políticos como Éder Moraes, os irmãos advogados Alex e Kleber Tocantins, entre outros. Eles respondem pelo crimes contra o sistema financeiro e de lavagem de dinheiro. A denúncia se deu em continuidade à Operação Ararath.
Nas denúncias, o MPF denuncia como os empresários do ramo da comunicação teriam agido a mando do então secretário de Estado de Fazenda Éder Moraes para “lavar dinheiro”. Segundo a ação, os empresários obtinham empréstimos junto ao Bic Banco e repassavam o dinheiro para o pagamento de dívidas da suposta organização criminosa.
Os empréstimos, depois, eram pagos por construtoras, com parte do dinheiro recebido por serviços prestados ao Governo do Estado, e como condição para que o secretário de Fazenda autorizasse o pagamento pela Secretaria de Estado de Fazenda.
Segundo a denúncia, entre os anos 2007 e 2008, a SML Comunicação, na época de propriedade de Samuel Maggi Locks, fez vários empréstimos no Bic Banco. Em dois deles, nos valores de R$ 127 mil e R$ 180 mil, a empresa deu como garantia ao banco valores que supostamente teria a receber da Secom (Secretaria de Estado de Comunicação).
Como parte do suposto esquema de desvio de recursos públicos, os empréstimos da SML Comunicação e de outras empresas foram pagos diretamente ao Bic Banco pela Lince Construtora, a mando do então secretário Éder Moraes.
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