JOÃO RIBEIRO
DA REDAÇÃO
As oitivas da Operação Arqueiro, que investiga um suposto esquema de desvio de dinheiro público na Secretaria Estadual de Trabalho e Assistência Social (Setas), começa nesta quinta-feira (6), na sede do Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (Gaeco).
O promotor de Justiça, Arnaldo Justino da Silva, do Ministério Público Estadual, irá ouvir os envolvidos. No entanto, a assessoria de imprensa do órgão não informou ao RepórterMT o número exato de depoimentos e nem a identidade das pessoas.
Espera-se que a primeira-dama, Roseli Barbosa, também seja ouvida, já que foi secretária da pasta, de 2010 a março de 2014, período que ocorreu a fraude. Um mês depois da sua saída, o Gaeco deflagrou a operação e apreendeu diversos documentos na sede da Setas, que comprovariam o esquema.
Segundo informações do MP, a fraude teria ocorrido entre 2012 e 2013, Quando a Roseli teria firmado um contrato com a empresa Microlins e o Instituto de Desenvolvimento Humano (IDH-MT), para executar programas sociais referentes ao ‘Qualifica Mato Grosso’ e ‘Copa em Ação’.
No entanto, os envolvidos usaram ‘laranjas’ para elaborar o conteúdo das apostilas, que eram utilizadas nos cursos de capacitação em hotelaria e turismo, promovidos pela Setas.
Com isso, vários exemplares dessas apostilas apresentaram erros grotescos, fazendo com que o Estado se tornasse motivo de chacota nacional.
O caso chamou a atenção do MP, que começou a investigação.
Um jovem foi identificado como um dos ‘laranjas’ da fraude. Em depoimento, teria dito que recebeu R$ 6 mil pelo serviço e que copiou um material da internet para fazer a apostila.