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Cuiabá, 28 de Março de 2025
28 de Março de 2025

28 de Julho de 2014, 21h:59 - A | A

JUDICIÁRIO / MORTE DE MARCHETTI

MP não aceita denúncia contra caseiro por crime passional e pede nova investigação

Promotor criticou processo criminal enviado pela PC, onde sequer foram anexados os exames de necropsia do corpo e o pericial do local a vítima foi encontrada.

JOÃO RIBEIRO
DA REDAÇÃO



O Ministério Público de Mato Grosso refutou o resultado das investigações do assassinato do ex-secretário de infraestrutura Vilceu Marchetti, feitas pelo delegado da Polícia Civil, Sidney Caetano, da comarca de município de Santo Antônio do Leverger (33 km de Cuiabá).

Segundo informações do MP, além de não aceitar a denúncia, pelo motivo passional, o promotor de Justiça, Natanel Moltocaro, ainda determinou que os policiais civis realizem novas diligências para elucidar o crime. 

Na semana passada, ao dar um parecer contra o pedido de revogação da prisão preventiva de Marafron, o promotor classificou como incompleta a investigação do caso. Sendo que no processo criminal enviado ao MP, sequer foram anexados os exames de necropsia do corpo e o pericial do local onde a vítima foi encontrada.

Já sobre o parecer contra a revogação da prisão preventiva do acusado, o Tribunal de Justiça acatou o pedido do MP e indeferiu o pedido feito pelo advogado Oscar Ribeiro Travassos Filho.

A vítima foi assassinada com três tiros pelo caseiro Anastácio Marafron, em um apartamento da fazenda onde trabalhavam na região de Mimoso, próximo ao município de Barão de Melgaço (140 km da capital), no dia 7 deste mês. O acusado confessou em depoimento que cometeu o homicídio porque teria flagrado a vítima apalpando as nádegas da sua esposa, de 36 anos.

LOCAL NÃO PRESERVADO

Conforme uma fonte do RepórterMT, o apartamento onde Marchetti foi assassinado não teria sido preservado pela Polícia Militar. Sendo que quando os delegados da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) de Cuiabá chegaram no local, encontraram duas armas, uma espingarda e um revólver, em cima da cama, ao lado do corpo do ex-secretário. A possível 'mudança na cena' pode ter prejudicado as investigações.

Além disso, o inquérito foi fechado mesmo sem os policiais encontrarem a arma, um revólver calibre 38, usado pelo autor do assassinato. No depoimento, Marafron explicou que após matar Marchetti, foi até a margem do rio, que corta a propriedade, e jogou a ‘prova do crime’ na água.

O CRIME

Os delegados da DHPP, Silas Tadeu, Anaíde Barros e Walfrido do Nascimento, que deram apoio nas investigações do delegado Sidney Caetano, de Santo Antônio do Leverger, explicaram que Marchetti teria assediado a mulher de Anastácio durante um jantar.

Ao flagrar o ex-secretário apalpando as nádegas da esposa, o homem tirou tudo a ‘limpo’ em um lugar da fazenda. Durante a discussão do casal, a mulher confessou os abusos. Com isso, o homem foi até o apartamento onde Marchetti dormia, sacou uma arma e atirou na vítima.

Após o assassinato, ele jogou a arma no rio que corta a fazenda e agiu normalmente durante o trabalho da Polícia Militar, que chegou primeiro no lugar.   

Ao perceber o comportamento da mulher, os policiais a indagaram sobre o crime, quando ela confessou ter sido abusada pela vítima. Com isso, Anastácio confessou o assassinato e foi preso em flagrante.

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