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Cuiabá, 02 de Julho de 2025
02 de Julho de 2025

21 de Agosto de 2015, 15h:30 - A | A

JUDICIÁRIO / "DELAÇÕES PERIGOSAS"

Lúdio nega ter usado dinheiro desviado da Setas em campanha a prefeito de Cuiabá

Delator da Operação Arqueiro, contratado pelas Setas, disse ao MPE que fez empréstimo de R$ 418 mil a Éder Moraes, então coordenador de campanha do petista.

KEKA WERNECK
RAFAEL DE SOUSA



O ex-vereador e médico Lúdio Cabral (PT), que disputou a Prefeitura de Cuiabá em 2012, refutou, nesta sexta-feira (21), a acusação do empresário Paulo César Lemes, delator no processo da Operação Arqueiro que apura o desvio de R$ 8 milhões da Secretaria Estadual de Trabalho e Assistência Social (Setas), de que sua campanha eleitoral tenha sido abastecida com dinheiro de propina.

Ao Lúdio disse que “todas as doações da campanha de 2012 foram declaradas à Justiça Eleitoral. "Só recebemos recursos de fontes lícitas”.

Ao Lúdio disse que “todas as doações da campanha de 2012 foram declaradas à Justiça Eleitoral. Só recebemos recursos de fontes lícitas”.

O assunto virou notícia, após o 'vazamento' de parte da delação premiada do empresário, que, em depoimento, no dia 29 de junho deste ano, disse ao Ministério Público Estadual (MPE), que emprestou R$ 418 mil ao ex-chefe de gabinete de Silval, Sílvio Cézar Correa, por intermediação do ex-secretário da Casa Civil, Fazenda e Copa, Éder Moraes, que teria ficado com parte do valor.

Em 2012 Éder Moraes, que responde a quatro processos da Operação Ararath, por cometer justamente crimes financeiros, foi o coordenador financeiro da campanha de Lúdio. “Eu vou fazer um requerimento ao Ministério Público para ter conhecimento do conteúdo dessa delação. Não fui notificado sobre irregularidade na campanha e não há nenhuma ação na Justiça relacionada às nossas contas. Tomei conhecimento dessa denúncia pelas notícias que estão sendo divulgadas. Assim que tiver mais informações volto a falar sobre o assunto”, concluiu o petista.

"Não há nenhuma ação na Justiça relacionada às nossas contas. Tomei conhecimento dessa denúncia pelas notícias que estão sendo divulgadas. Assim que tiver mais informações volto a falar sobre o assunto”, concluiu o petista.

Ele disse que defende a apuração rigorosa dos fatos.

A ex-secretária da Setas e exposa do ex-governador Silval Barbosa (PMDB), Roseli Barbosa foi presa, nesta quinta-feira (20), em seu apartamento em São Paulo, pelo Grupo de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), que é a Polícia do MPE. Além da ex-primeira-dama, também estão detidos na segunda fase da Operação Arqueiro, a Ouro de Tolo, Rodrigo de Marchi, servidor da Setas, Nilson da Costa, intermediário entre os servidores, e o empresário colaborador, e Sílvio Cesar Correa Araújo, ex-chefe de Gabinete de Silval.

Há outros 31 acusados de envolvimento na transação ilegal. Todos vão responder por crimes de constituição de organização criminosa, corrupção, peculato, lavagem de dinheiro e uso de documentos falsos.

O ESQUEMA

Investigações realizadas pelo Gaeco revelam que 40% do valor desviado nas fraudes da Setas ficavam com a acusada de liderar a organização, Roseli Barbosa. Outros 36% eram devolvidos aos empresários envolvidos no esquema e 24% eram entregues a Nilson da Costa, empresário do ramo de transportes, e Rodrigo de Marchi, ex-assessor de Roseli.

De acordo com o Gaeco, a primeira fase da fraude consistiu na criação fictícia de instituições privadas sem fins lucrativos para executarem convênios de demandas vinculadas ao fomento do trabalho e assistência social. Esses convênios seriam firmados com institutos de fachada.

Na Setas, investigadores do Gaeco encontraram provas de superfaturamento em serviços executados sem contrato e com qualidade duvidosa.

Segundo o MPE, na hora de receber os valores pelos serviços, os envolvidos recebiam propinas.

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Jota Passarinho 22/08/2015

Esse argumento de que: 'as doações ao pt foram legais e devidamente registradas no TSE, em nível federal e TRE em nível estadual' muito usado pelos petistas não convence. A doação pode até ter sido legal, mas e a origem desse dinheiro? É isso que ta faltando explicar. Do jeito que eles, os petistas estão argumentando, significa que, se alguém assaltar um banco e doar a grana ao partido, no caso a facção, também é legal, não tem problema nenhum? E o crime de receptação onde fica? Deixa de existir? Rhunnn...! Prestenção ooo..!

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1 comentários