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Cuiabá, 22 de Julho de 2025
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31 de Agosto de 2016, 10h:31 - A | A

JUDICIÁRIO / A GRANDE QUADRILHA

Cursi se diz vítima de esquema e afirma que 'combateu corrupção' no governo Silval

Apontado por vários réus e delatores, como o “cérebro” da organização criminosa, Marcel de Cursi iniciou seu depoimento na Sétima Vara Criminal da Capital, nesta quarta-feira (31), alegando que desconhece porque está sendo acusado criminalmente.

CELLY SILVA
DA REPORTAGEM



Preso desde o dia 15 de setembro de 2015, ao ser acusado de participar de um esquema de cobrança de propinas e lavagem de dinheiro, instalado na gestão do ex-governador Silval Barbosa (PMDB), o ex-secretário de Fazenda do Estado, Marcel de Cursi, apontado por vários réus e delatores, como o “cérebro” da organização criminosa, iniciou seu depoimento na Sétima Vara Criminal da Capital, nesta quarta-feira (31), alegando que desconhece porque está sendo acusado criminalmente.

“Estou estarrecido! Estou surpreso! Sou vítima dessa profusão de informação”, declarou.

“ Eu não entendi quais são os fatos imputados a mim (...) estou disposto a colaborar e esclarecer fatos e assumir a responsabilidade que eu tiver, mas encontro dificuldade para discorrer”, disse ele se referindo a uma das movimentações de membros da organização, realizada com dinheiro de propina.

À juíza Selma Rosa de Arruda, Cursi ser vítima e se disse estarrecido com o que foi falado pelos ex-secretários de Estado Pedro Nadaf e Pedro Elias, contra sua pessoa.

"Se em algum momento algum ato meu foi utilizado para algo ilícito, foi contra o meu conhecimento, pois se soubesse, me rebelaria”, argumentou.

“Estou estarrecido! Estou surpreso! Sou vítima dessa profusão de informação”, declarou.

À magistrada, Cursi argumentou que em sua gestão combateu fortemente a corrupção no Estado, através da quarta via, que eram fraudes cometidas por fiscais da Sefaz. Ele afirmou que antes havia uma segregação dos fiscais por parte dos servidores do “topo” e que isso propiciava a corrupção entre os fiscais. Cursi afirma ter agido para acabar com esse atrito, garantindo prerrogativas aos fiscais. “Estou pagando caro pela solução desse dilema”, ressaltou.

Segundo ele, essa medida lhe teria rendido um atentado de um atirador que tentou matá-lo no estacionamento da Universidade Federal de Mato Grosso, onde era professor.

O ex-secretário alega que a lei 102007, da qual é apontado como o criador, barrou o vazamento de informações que estava sendo feito por fiscais corruptos e nega que a mesma tenha sido criada para bloquear o acesso às informações do Estado, evitando investigações sobre o Executivo.

Cursi ainda suplicou para que pudesse explicar a lei, já que o Ministério Público Estadual usou isso como argumento contra ele, assim como a outros réus.

“Eu estou preso há um ano e só agora tenho a oportunidade de explicar. Eu sou um homem com 37 anos de carreira e meu nome foi fulminado! (...) Se em algum momento algum ato meu foi utilizado para algo ilícito, foi contra o meu conhecimento, pois se soubesse, me rebelaria”, argumentou.

O ex-secretário ainda lembrou que o empresário João Batista Rosa, um dos extorquidos pelo esquema, já teria dito que ele [Cursi] teria sido usado por Nadaf.

À magistrada, Cursi apresentou uma série de documentos que implicam o empresário João Batista. De acordo com a denúncia do ex-secretário, o colaborador da Justiça estaria omitindo informações e deveria R$ 45 milhões de fisco ao Estado.

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GENIVALDO BATISTA 31/08/2016

Eu acredito realmente no secretário CURSI, Silval também foi usado, os culpados são Nadaf e Riva.

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1 comentários