CELLY SILVA
DA REDAÇÃO
José de Jesus Nunes Cordeiro, coronel da Polícia Militar e ex-secretário adjunto de Administração da gestão do ex-governador Silval Barbosa (PMDB), foi apontado pela juíza Selma Rosane Santos Arruda, da Sétima Vara Criminal de Cuiabá, como o “braço armado” da facção composta por Silval e seus ex-secretários de Estados, acusados de extorquir empresários em busca de propina. "José de Jesus Cordeiro, policial militar, provavelmente era um braço armado da facção, daí porque demonstrava ser mais incisivo e violento que os demais", diz trecho dos autos.
A avaliação da juíza Selma sobre Cordeiro partiu dos depoimentos prestados pelo empresário Willians Mischur, dono da Consignum, que disse ter sido vítima de extorsão, uma delas acompanhadas de ameaça de morte aos seus filhos por parte do coronel Cordeiro. “Um caminhão pode passar por cima de seus filhos, acidentes acontecem”, teria dito o ex-secretário para Willians ao exigir parte da propina paga ao então secretário de Administração, César Zílio.
Por conta do temor e sabendo estar lidando com um militar ocupante de cargo político, Willians teria mandado blindar os carros que transportavam seus filhos para impedir algum tipo de atentado contra a vida dos mesmos.
Para a juíza, diante das declarações do empresário, ficou clara a função de Cordeiro dentro da divisão de tarefas da organização criminosa, de ser o responsável pela intimidação e violência.
“É obvio que em uma organização criminosa nem todos os membros agem com truculência: tal tarefa geralmente é delegada a quem tem mais propensão para esse tipo de delito, que no caso era o policial militar e ocupante de cargo de confiança de Silval, José de Jesus Cordeiro”, argumentou a magistrada.
Além de José Cordeiro, Willians Mischur também citou os ex-secretários de Administração César Roberto Zílio e Pedro Elias Domingos, que eram responsáveis por receber a propina mensal de R$ 500 mil diretamente do empresário. Eles também exigiram outros tipos de vantagens pessoais para manter o contrato da Consignum com o Estado, como apartamentos e a compra de terrenos. Os dois ex-gestores da SAD foram presos na segunda e terceira fases da operação Sodoma, mas César Zílio foi solto após prestar depoimento e é monitorado por tornozeleira eletrônica.
José de Jesus Nunes Cordeiro também figura como réu em outro processo na Sétima Vara Criminal, oriunda da Operação Seven, que desmantelou o esquema de desvio de R$ 7 milhões dos cofres públicos por meio da compra ilegal de uma área rural na região do Manso. Neste caso, ele conseguiu habeas corpus, mas foi novamente preso após ser relacionado ao esquema de cobrança de propina na SAD.
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antunes silva 31/03/2016
De cordeiro não tem nada, é o capeta em pessoa ou a serviço dele. Manda ele lá pro casão doutora, os habitantes de lá irão gostar de receber essa celebridade lá.
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