RAFAEL DE SOUSA
DA REPORTAGEM
13 anos depois do assassinato dos empresários Fauze Rachid Jaudy Filho e Rivelino Jacques Brunini, além de uma tentativa de homicídio contra o pintor Gisleno Fernandes - o ex-bicheiro João Arcanjo Ribeiro está sendo julgado, nesta quinta-feira (10), na Primeira Vara Criminal do Fórum de Cuiabá, sob o comando da juíza Mônica Catarina Perry Siqueira. Arcanjo enfrenta o júri popular, que iniciou às 8 horas, porque é acusado de encomendar os crimes.
Para trazê-lo ao Fórum foi necessário montar um forte esquema de segurança. Sua transferência para Primeira Vara Criminal, onde acontece o júri "parecia cena de filme americano", disse um jornalista que conseguiu ver a cena.
O ex-bicheiro, que está preso em uma unidade de segurança máxima de Rondônia, chegou à capital na tarde desta quarta-feira (9) e seguiu direto para uma cela especial na Penitenciária Central do Estado, antigo Pascoal Ramos, onde esteve isolado até amanhã de hoje. Para trazê-lo ao Fórum foi necessário montar um forte esquema de segurança. De acordo com um jornalista que flagrou o momento da saída do ex-comendador, sua transferência para Primeira Vara Criminal, onde acontece o júri "parecia cena de filme americano".
O julgamento já começou. O júri popular do ex-bicheiro está composto por seis jurados, sendo quatro homens e duas mulheres.
João Arcanjo Ribeiro está sendo julgado, nesta quinta-feira (10), na Primeira Vara Criminal do Fórum de Cuiabá, sob o comando da juíza Mônica Catarina Perry Siqueira.
Arcanjo seria julgado no dia 30 de julho deste ano, mas por causa da mudança de advogados no processo, o julgamento dele foi adiado para esta quinta. A Justiça manteve o júri do pistoleiro Célio Alves de Souza e do uruguaio Júlio Bachs Mayada, braço direito de Arcanjo, condenados a 46 anos, 10 meses e 41 anos respectivamente.
O ex-comendador que foi preso desde 2003, é apontado como mandante de dois assassinatos e uma tentativa, mas isso é apenas uma pequena parte da série de crimes cometidos que teriam ocorrido em 2002, a mando de Arcanjo. Os crimes teriam evidenciado o poder de fogo do ex-bicheiro, levando a Polícia a investigar a quadrilha, cercar e prendê-los.
O CASO
De acordo com a denúncia da Promotoria Criminal, na tarde de 6 de junho, o alvo de Arcanjo era o empresário Brunini, que estava entrando no mercado ilegal dos jogos de azar, invadindo área de domínio do bicheiro. Os outros dois - Rachid e o pintor Gisleno - foram atingidos porque estavam junto com ele, em uma oficina mecânica na Avenida do CPA, por volta das 15h. Os disparos foram feitos próximo à Clínica Femina, em local onde havia grande circulação de pessoas, em plena luz do dia.
Mais detalhes em instantes.