RAFAEL MACHADO
DA REDAÇÃO
Em um dos seus últimos atos como governador de Mato Grosso, Pedro Taques (PSDB) afirmou que “a diferença da política pra vida é que na vida a pessoa só morre uma vez, na política a pessoa nasce e morre várias vezes”.
A reflexão, feita durante o discurso na inauguração da trincheira na Estrada da Guia, na última sexta-feira (28), levanta suspeita de que o tucano pode retornar a vida pública nos próximos anos. Nos bastidores, comenta-se que o tucano pode ser candidato à Prefeitura de Cuiabá em 2020.
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Sobre a possibilidade, Taques desconversou e disse que pretende focar na família e em seu escritório de advocacia.
“Eu vou cuidar da minha vida a partir do dia 1º de janeiro. Vamos montar um escritório, estamos mexendo com a reforma, vou advogar e dar aula. Não estou pensando nisso [retornar a política], estou pensando em cuidar de mim e da minha família. Eu não vou tratar de política nesse ano, somente no próximo”, comentou. Nos bastidores já se especula uma possivel candidatura para deputado estadual em 2022.
Ao fazer o balanço de sua gestão durante os últimos quatro anos, Pedro Taques disse que está satisfeito e que não tinha do que reclamar apenas agradecer por ter administrado o Estado onde nasceu.
“Muito satisfeito. Quem chega ao Governo de Mato Grosso, do Estado que eu nasci e quero morrer, não tem do que reclamar só agradecimentos”, frisa.
Derrota histórica
Pedro Taques é o primeiro governador na história de Mato Grosso a não conseguir ser reeleito desde que o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB) homologou a possibilidade de reeleição, em 1997. O atual governador amargou a terceira posição com 18,89%, atrás de Wellington Fagundes (PR), 19,58%.
No comando do Governo, Taques enfrentou muitos desgastes, principalmente, com os servidores públicos. Chegou a atrasar salários do funcionalismo e brigou para não pagar a Revisão Geral Anual (RGA) e também atrasou repasses aos municípios. Além disso, seu Governo viveu uma crise sem fim na saúde.
O tucano também não conseguiu quitar os atrasos de repasses aos poderes e a dívida já passa de R$ 500 milhões. Taques conseguiu perder aliados políticos, entre eles, o ex-prefeito de Cuiabá Mauro Mendes, que o venceu nas urnas em outubro passado com mais de 58% dos votos válidos.
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Davi 01/01/2019
Se gastar meio milhão se elege vereador por Campinápolis.
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