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Cuiabá, 26 de Abril de 2024
26 de Abril de 2024

02 de Dezembro de 2014, 15h:08 - A | A

GERAL / FILHOS DE GAYS

Vereador de Cuiabá diz que criação pode ser tortuosa e afetar psicológico

“Querem desrespeitar a família brasileira criando outras formas de união. Será que não entendem que a criança tem o direito de ter um lar com pai e mãe"?

DA REDAÇÃO



O vereador de Cuiabá, Oseas Machado (PSDC), “perdeu a mão” quando usou a tribuna da Câmara Municipal, nesta terça-feira (2). Após elogiar o projeto mato-grossense de guarda compartilhada que acabou virando lei em todo o país, o parlamentar acabou fazendo declarações um tanto 'homofóbicas', poderiam dizer alguns ativistas.

Logo após parabenizar a juíza da 3ª Vara Especializada de Família e Sucessões de Várzea Grande, Eulice Jaqueline da Costa Silva Cherulli, pela autoria da proposta, o parlamentar socialista cristão disparou contra a formação não tradicional da família que, em seu entendimento, deveria ser constituída apenas por homem e mulher já que, na opinão dele, a criação de um filho por homossexuais poderia influenciar em sua formação psicológica.

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“Querem desrespeitar a família brasileira criando outras formas de união. Será que não entendem que a criança tem o direito de ter um lar com pai e mãe. Será que não entendem que não pode ser induzida a uma criação tortuosa”? disparou. 

NOVA LEI

O projeto aprovado pelo Senado, na última quarta-feira (26), determina a guarda compartilhada para a custódia dos filhos de pais divorciados ainda que haja desacordo entre os ex-cônjuges. 

Para as duas dezenas de pais e mães divorciados que acompanharam a aprovação no Plenário do Senado, o projeto enviado pela Câmara dos Deputados está sendo visto como um importante sinal de paz em um horizonte tradicionalmente tomado por graves conflitos. A partir da sanção do PLC 117/2013, eles acreditam que um universo de 20 milhões de crianças e adolescentes terá a chance de obter o melhor que puderem de cada um de seus genitores.

— A nova lei vai acabar com as disputas prolongadas e permitir a mães e pais contribuírem para a formação de seus filhos. Temos a convicção de que essas crianças e adolescentes serão pessoas mais felizes — disse o presidente da Associação de Pais e Mães Separados (Apase), Analdino Rodrigues Paulino Neto, ao final da votação.

Ele chegou a afirmar que o projeto poderá ter como consequência a substituição da pensão alimentícia por um mecanismo bem mais avançado: a divisão das despesas dos filhos por meio de uma planilha de gastos a ser bancada pelos pais de maneira proporcional à renda.

— A planilha vai conter todas as despesas, incluindo escola, plano de saúde, alimentação. Dividindo um item para um e um item para outro, cada um vai contribuir na proporção do seu rendimento — explicou Paulino, que sugeriu à presidente da República, Dilma Rousseff, a sanção do projeto ainda antes de 25 de dezembro, como "um presente de natal".

Divisão equilibrada

O PLC117/2013, de autoria do deputado Arnaldo Faria de Sá, determina ao juiz o estabelecimento da guarda compartilhada para a custódia dos filhos de pais e mães divorciados ainda que haja desacordo entre os ex-cônjuges. Atualmente, os juízes ainda têm respaldo legal para reservar a guarda a um dos pais. Ocorre que muitas vezes o responsável pela criança acaba alienando o ex-companheiro ou a ex-companheira da convivência com os filhos, gerando desgaste para a família e prejuízos emocionais, psíquicos e intelectuais para crianças e adolescentes.

O texto determina a divisão equilibrada do tempo de convivência dos filhos com a mãe e o pai e possibilita a supervisão compartilhada dos interesses do filho. Ambos poderão participar, por exemplo, do ato que autoriza a viagem dos filhos para o exterior ou para a mudança permanente de município. Em caso de necessidade de medida cautelar que envolva guarda dos filhos, o texto dá preferência à oitiva das partes perante o juiz. E é rigoroso com estabelecimentos, como escolas, que se negarem a dar informações a qualquer dos genitores sobre os filhos: serão multados.

Depois de ser analisada nas Comissões de Direitos Humanos (CDH), de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) e de Assuntos Sociais (CAS), a proposta foi aprovada em regime de urgência como veio da Câmara dos Deputados, apenas com emenda de redação que substitui a expressão “tempo de custódia física” por “tempo de convivência”.

Para o autor da proposição, a redação atual do Código Civil vem induzindo os magistrados a decretar a guarda compartilhada apenas nos casos em que os pais mantenham boa relação após o fim do casamento. Com a mudança, a não ser que um dos pais expresse o desejo de não obter a guarda ou que a justiça não considere um dos dois genitores aptos para exercer o poder familiar, a guarda compartilhada será obrigatória.

Menino Bernardo

O relator da matéria na CAS, senador Jayme Campos (DEM-MT), ressaltou que o acordo para a votação do projeto foi motivado pelas crianças, maiores afetadas nos processos de divórcio, sendo frequentemente vítimas de violência e até de morte.  Ele citou os casos dos assassinatos do menino Bernardo no Rio Grande do Sul e de Isabella Nardoni em São Paulo, nos quais o pai e a madrasta são os principais suspeitos.

O senador Paulo Paim (PT-RS) informou que recebeu um pedido da avó do menino Bernardo, e dos advogados dela, que estudaram o projeto, para que a proposta fosse aprovada sem alterações.

O presidente do Senado, Renan Calheiros, acrescentou que a aprovação do projeto é uma responsabilidade e um compromisso da Casa com a sociedade brasileira.

— O maior mérito é o de fortalecer o instituto da guarda compartilhada que melhor atende aos interesses dos filhos.  Será uma lei que possui o condão de não permitir que crianças e adolescentes tornem-se meios de luta no conflito entre os pais — afirmou.




 

 

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pedro mello 04/12/2014

Caro Costa, se você é tem ideia diferente à do vereador, case-se com outro homem e faça um filho nele ou vice-versa.

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Julio THKR 03/12/2014

...tenho amigos homossexuais e gosto muito deles como pessoa, porém creio ser eterno a minha defesa quanto à formação da família ser HOMEM + MULHER=FILHOS... Todos queremos defender o que pensamos de acordo com a posição em que estamos sendo que prevalesça a nossa "zona de conforto". DEUS, ETs, mero acaso resultante do "acaso OU O que quer que seja que tenha criado ou resultado em humanidade, desde os primórdios houve o Macho e Fêmea para gerar o próximo indivíduo... Criança alguma jamais foi concebida a partir de um sistema excretor... jamais um anjo engravidou um macho, portanto, tudo o que fazemos contra o que é natural, TRARÁ resultados que se opõem ao equilíbrio...

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COSTA 02/12/2014

ESSE VEREADOR É IDIOTA, CALA BOCA VEREADOR

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Anita 02/12/2014

O vereador é psciologo ou pediu informação de psicologos ou fez um estudo das crianças adotadas por gays e maes solteiras para saber se realmente traz prejuizos, ou sua declaraçao é fundado em crenças e senso comum?

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Um cidadão que discorda 02/12/2014

Declarações homofóbicas? Quer dizer que todos devemos dizer SIM para certas coisas e não podemos discordar? Perdemos o direito de expressar uma opinião, pensamento ou de termos uma opinião contrária? Homofobia vai muito além disso.

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5 comentários

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