'Trisal' mato-grossense registra 'casamento' a três e planeja filho

Facebook

O trio planeja agora uma cerimônia tradicional e uma gravidez.

KEKA WERNECK
DA REDAÇÃO

O “trisal” mato-grossense, formado pelo heterossexual Klinger de Souza e as bissexuais Angélica Tedesco e Paula Gracielly, conseguiu registrar em cartório a união poliafetiva.

A história deles não tem nada de convencional,  mas não é a única. Este registro, feito na última segunda-feira (23), é o terceiro no Brasil e reconhece o casamento poliafetivo.

>>> Clique aqui e receba notícias de MT na palma da sua mão

Os três são mato-grossenses, mas vivem em Jundiaí (SP), onde garantem que levam vida normal, trabalham, passeiam e também pensam em ter um filho, gerado na barriga de “Paulinha”. A gravidez é planejada para ocorrer em cerca de 2 anos.

O reconhecimento em cartório desse romance atípico é importante, segundo eles, não somente pela divisão de patrimônio, mas também para que não sejam excluídos dos direitos civis, como outros cidadãos quaisquer.

Klinger ensina como faz. "Você faz a próprio punho, coloca o nome de todo mundo, com RG, profissão, estado civil, onde residem e todos os dados necessários. Declaramos que vivemos juntos desde tal data. E têm duas testemunhas com as assinaturas reconhecidas também", explica. "E sai tudo na hora mesmo. O cartório valida as assinaturas e já dá a declaração para os três, saímos do local com tudo feito em questão de 30 minutos. Chegamos com a declaração feita, assinadas e tudo mais. Eles pegaram, reconheceram e nos entregaram de volta", completa.

O registro é nos moldes da união estável.

Se algum dos três resolver sair do relacionamento, terá o direito a 33% do patrimônio.

Esse é um primeiro passo que deram no sentido de regularizar a união. Querem a certidão de casamento formal. “Elas de noiva e eu de smoking, com festa e tudo mais”, diz Klinger.

O acompanha a história do “trisal”, que tem uma página no Facebook. Clique aqui.

Leia mais sobre eles aqui e aqui.