KEKA WERNECK
DA REDAÇÃO
Trilhos do VLT de Cuiabá estariam sendo furtados na região do Coxipó, devido à demora na conclusão das obras do sistema de transporte que, conforme previsão incial, deveria ter começado a circular na capital antes da Copa do Mundo para melhorar a mobilidade urbana na região metropolitana.
O secretário de Infraestrutura e Logística já indicado pelo governador eleito Pedro Taques (PDT), Marcelo Duarte, disse, na última edição do programa Conexão Poder (7), transmitido aos domingos, às 22 horas, na TV Pantanal, canal 22, que recebeu uma denúncia dando conta disso.
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A Secretaria Extraordinária da Copa (Secopa), questionada se essa denúncia foi registrada formalmente na pasta, respondeu que há realmente suspeita de furto.
O Consórcio VLT, que executa a obra, confirma que recebeu ligação informando que isso estava ocorrendo e, argumentando que está priorizando o avanço das instalações na Avenida da FEB, tomou a decisão de recolher os trilhos da região do Coxipó e levá-los para o Centro de Manutenção, próximo ao Aeroporto Internacional Marechal Rondon, em Várzea Grande.
Ao RpMT Consórcio explicou que a ferragem recolhida havia sido posicionada, mas não concretada e nem chumbada, por isso poderia ser furtada na totalidade.
O secretário Marcelo Duarte não tratou sobre o que o governo Taques vai fazer de imediato para conduzir essa obra milionária, já que o contrato da Secopa com o Consórcio VLT termina este mês.
O valor total do VLT Cuiabá é de R$ 1 bilhão e 475 mil. Até agora, 70% desse valor já foi pago aos empreiteiros. Do valor total orçado, faltam R$ 400 milhões para serem gastos e muito ainda há para se fazer.
O VLT de Cuiabá terá 22,2 km de extensão na região metropolitana e ligará o CPA (Centro Político Administrativo) ao Aeroporto internacional Marechal Rondon, em Várzea Grande, e a região do Coxipó ao Centro.
Informações da Secopa dão conta que, na região do Coxipó, já foram instalados trilhos próximos aos viadutos da UFMT e da MT-040 e na Avenida da FEB.
A Secopa argumenta que, como já tinha pessoal especializado para fazer tais instalações, isso já estava sendo adiantado, em outros pontos. No momento, a equipe está trabalhando somente na FEB. Outra equipe tem atuado paralelamente no sistema elétrico.
Os vagões do VLT – 40 peças - também estão parados no Centro de Manutenção e não há certeza de quando começam a circular.
A Secopa justifica que essa demora tem relação com a complexidade da obra, que começou em 2012, tendo antes passado pelo período de projeção.
De acordo com a pasta, as desapropriações atrasaram o cronograma e algumas delas ainda estão pendentes na justiça, como o é caso de uma casa na região central, cujo proprietário não tem intenções de sair do local.
No entanto, ainda de acordo com a Secopa, toda a drenagem da Avenida da Prainha já foi feita, mas, sem que essa pendência jurídica se resolva, não tem como acomodar os trilhos. Já os trabalhos na avenida 15 de novembro, no Porto, ainda nem chegaram nessa fase.