CAMILA PAULINO
DA REDAÇÃO
Pela terceira vez consecutiva a tenente do Corpo de Bombeiros Izadora Ledur foi excluída da lista de promoção ao cargo de capitã dentro da instituição, por ser acusada de tortura durante treinamento aquático que levou à morte do aluno, soldado Rodrigo Claro, na Lagoa Trevisan, em Cuiabá, há exatamente um ano. O fato aconteceu em 15 de novembro de 2016.
A assessoria de imprensa da corporação explicou ao que para ocorrer à promoção de cargos, o Corpo de Bombeiros relaciona todos os militares que estão aptos para serem promovidos, por tempo de serviço e/ou boa conduta, por exemplo, e depois os nomes são avaliados, podendo ser aprovados ou vetados.
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“A tenente tem os pré-requisitos necessários para ser promovida, por isso ela entra na lista da corporação, mas após analisar a conduta e os processos ao qual ela responde, automaticamente ela é excluída da lista”, explica a assessoria.
A progressão é concedida nos meses de julho e dezembro para os militares que cumprem todos os requisitos, como teste de saúde, aptidão física e atos disciplinares.
A tenente é ré em processo criminal na Justiça, que apura a prática de tortura e maus-tratos durante o treinamento, que resultou na morte de Rodrigo. Ela também responde a uma sindicância de natureza demissória, promovida pela instituição.
“Após concluir a sindicância na Justiça Militar e for julgado o processo criminal contra a tenente, conforme for o resultado, ela pode sim voltar a ter direito à promoção”, informou a assessoria.
Associação isenta tenente pela morte de aluno
Em agosto deste ano, a Associação dos Oficiais da Polícia e Bombeiro Militar de Mato Grosso (Assof) isentou a tenente pela morte do aluno Rodrigo Claro. Por meio de nota, a associação afirmou que “tem clara convicção de que nem a tenente Ledur nem os demais instrutores e monitores da disciplina de salvamento aquático tiveram qualquer relação com a prematura morte do aluno, soldado BM Rodrigo Claro”.
O Ministério Público do Estado (MPE) pediu a prisão da tenente, afirmando que a oficial utilizava métodos abusivos nos treinamentos para punir o aluno, que demonstrou dificuldades para desenvolver atividades como flutuação, nado livre e outros exercícios.
O pedido foi negado pela juíza Selma Arruda, da 7ª Vara Criminal, que considerou que por estar afastada das funções de treinamento, Ledur não tem riscos de cometer novos delitos. O promotor de Justiça, Sérgio Silva da Costa, discordou da juíza e pediu novamente a prisão de Ledur.
O caso
Rodrigo era aluno do 16º Curso de Formação de Soldado Bombeiro do Estado de Mato Grosso e morreu no dia 15 de novembro de 2016. Ele passou mal durante aula prática de primeiros-socorros aquáticos na Lagoa Trevisan, em Cuiabá, em que a tenente Izadora Ledur atuava como instrutora.
De acordo com a denúncia do Ministério Público do Estado (MPE), a vítima demonstrou dificuldades para desenvolver atividades como flutuação, nado livre e outros exercícios e diante da situação, a tenente utilizava de métodos abusivos nos treinamentos para puní-lo.
Depoimentos colhidos durante a investigação indicam que Rodrigo foi submetido a intenso sofrimento físico e mental. O MPE denunciou o "perfil perverso da tenente como instrutora".
Ledur chegou a ser afastada das atividades após apresentar sete atestados médicos para tratamento de saúde, com depressão, desde a época do caso e segue afastada até janeiro de 2018.
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Claudio 08/11/2017
Vixe, se como tenente ela tortura até a exaustão os alunos onde um coitado faleceu morreu foi assassinado ainda quer ser promovida kkkkkk imagina essa praga como capitão vai matar a corporação inteira queimado afogado imagina esse bombeiro tem é que expulsar o rápido possível essa assassina !!!!!!!!!!
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