RAFAEL DE SOUSA
DA REDAÇÃO
Após a Polícia Civil concluir inquérito sem indiciar o superintendente e supervisor de estágio da Controladoria Geral de Várzea Grande Sérgio Freitas da Silva, o Ministério Público Estadual (MPE) ofereceu denúncia à Justiça contra o servidor por suposto assédio sexual, importunação sexual e perturbação do trabalho ou sossego alheio baseado nas acusações de três estagiárias.
O MPE afirma, no documento, que Sérgio Freitas teria cometido crimes contra mulheres que atuavam na prefeitura em pelo menos seis momentos diferentes. As informações foram divulgadas nesta quarta-feira (03) pelo site RDNews.
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De acordo com o promotor de Justiça José Ricardo da Costa Mattoso, o primeiro caso aconteceu em 2017 quando o acusado teria molestado uma estagiária afirmando que ela estava linda. “Ô lá em casa, vamos sair”, teria declarado. Em seguida, segundo o órgão ministerial, Sérgio teria tentado beijar a boca da vítima, mas foi empurrado.
Outro caso teria ocorrido no início do ano passado quando o supervisor de estágio teria pegado na mão, no ombro e na cintura da mulher e a chamado de "meu amor".
Em dezembro do mesmo ano, o acusado teria chamado a mesma estagiária, via WhatsApp, para um encontro, possivelmente, romântico. Após ela negar o “convite”, ele teria respondido que a vítima não comparecesse mais ao trabalho já que foi ele quem “teve o poder de colocá-la e também tinha para tirá-la”. O caso aconteceu no período em que a jovem iria renovar o contrato de estágio, segundo o MPE, por isso ela se viu forçada a aceitar o convite.
Porém, em maio de 2018, Sérgio já tinha molestado uma terceira estagiária ao acariciar “as suas costas, na presença de colegas de trabalho, deixando a mesma constrangida". No depoimento, a mulher contou que o servidor tinha uma forma sutil de agir, como passar as mãos em seus cabelos, sempre de forma maliciosa.
Entre o fim de abril e o início de maio deste ano, segundo o documento, Sérgio teria tentado beijar “lascivamente a nuca e a cabeça dela, sem a anuência da ofendida".
A denúncia foi encaminhada à 1ª Promotoria de Justiça Cível e à Prefeitura de Várzea Grande para abertura de processo criminal e falta administrativa.
Outro lado
Até a publicação da reportagem, o não havia conseguido contato com o Sérgio Freitas da Silva.