KEKA WERNECK
DA REDAÇÃO
A psicóloga e sexóloga Irani Marangão tem recebido em seu consultório, em Cuiabá, homens e mulheres, inclusive de 20 a 40 anos, ou seja, na chamada “flor” da idade, com problemas sexuais, principalmente disfunção erétil, dificuldade de ter orgasmo e perda de libido.
Ela diz que boa parte dos pacientes demoram muito para procurar ajuda especializada e por isso já chegam pedindo “socorro”, porque estão em vias de arruinar relacionamentos, inclusive os que tem potencial afetivo para dar certo.
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Segundo ela, é hora de procurar por um especialista, quando surge uma dúvida ou desconforto persistente.
Para a psicóloga especializada em sexologia, em se tratando de sexo e sexualidade, este é um campo muito complexo e é difícil falar em normalidade, sem avaliar caso a caso.
“Transar três vezes por semana, por exemplo, é a média que está mais dentro da normalidade do brasileiro, mas se o casal estiver se sentindo bem fazendo sexo uma vez por semana, por exemplo, está tudo certo também, assim como mais vezes”, observa a especialista, destacando que o diálogo é um “remédio” muito eficiente no combate de muitos males no casamento, incluindo os sexuais.
"o diálogo é um “remédio” muito eficiente no combate de muitos males no casamento, incluindo os sexuais"
Sobre a disfunção erétil, que é a dificuldade masculina em enrijecer o pênis na hora da penetração, isso decorre, na visão dela, muitas vezes, de uniões constituídas por interesses, mas que não têm “química”. Ela vê uma busca muito grande por “pessoas bonitas” ou que atendam a um padrão social, mas não de um parceiro real, com quem se possa conversar, dividir a vida e a cama, de forma saudável e intensa. Ela atende muitos “bonitões”, que fazem academia para se manter em forma, bem resolvidos profissionalmente, mas que estão “broxando”. Muitas vezes porque se casaram com mulheres criadas para serem “princesas” e despreparadas para o sexo.
Muitos destes homens e mulheres procuram antes um urologista, que é o médico especialista no trato urinário e no sistema reprodutor dos homens, ou um psiquiatra e acabam sendo orientados a passar por sessões terapêuticas, onde observam, por si só, qual é o problema.
Quanto à dificuldade de sentir orgasmo este é, segundo Irani, um problema majoritariamente feminino, que pode estar relacionado com a ejaculação rápida do parceiro.
RepórterMT

Irani é psicóloga especialisada em sexologia
Quanto à perda da libido, a especialista destaca que o cansaço da dupla jornada da mulher – que trabalha fora e tem acúmulo de responsabilidades em casa – interfere no desejo sexual delas. Já no caso dos homens, haveria relação com parceiras indispostas a inovações, muito presas a padrões, o que geraria um “tédio” na cama.
As crenças religiosas também têm interferido na vida sexual dos pacientes de Irani Marangão. “Atendo um casal evangélico que está casado há 2 anos, mas a mulher não consegue consentir a penetração. Ela sofre de vaginismo. Eles fazem todo o jogo sexual, mas a ideia que uma transa é pecado atrapalha a finalização. Os dois são novinhos. Ela sente dor. A mulher chora muito por causa disso, é um sofrimento muito grande”, detalha um dos casos.
Outra paciente também sofre de vaginismo, porque viu a mãe apanhar do pai desde bebê. Há inclusive uma possibilidade da mãe dela ter sido agredida na gravidez. “Este e outros tipos de violência, principalmente a sexual, causam disfunções sexuais”, avisa.
Irani diz ter intenção de pesquisar a vida sexual de homens e mulheres cuiabanos mas adianta que eles têm fama, sem qualquer comprovação científica, de serem tão vigorosos quanto os baianos. “Nunca atendi cuiabanos”, observa.
Verd Comment 06/04/2016
a quanto tempo ela não faz sexo mesmo....
1 comentários