APARECIDO CARMO
DO REPÓRTERMT
A União Nacional do Etanol de Milho (Unem) celebrou a decisão do Governo Federal de aumentar de 27% para 30% a quantidade de etanol misturado na gasolina. A medida atende a uma demanda histórica do setor produtivo. De acordo com a estimativa da entidade, por mês são produzidos 800 milhões de litros do combustível, o que garante uma oferta regular que fortalece o abastecimento nacional e garante a segurança energética.
Para o ciclo 2025/26, a estimativa é de um crescimento superior a 20% na produção de etanol de milho, com uma oferta total anual de 10 bilhões de litros.
>>> Clique aqui e receba notícias de MT na palma da sua mão
Os efeitos da medida têm reflexo imediato: reduz a dependência externa de combustível, já que a gasolina é importada; aumenta a qualidade do combustível disponibilizado no país; bem como reduz a pegada de carbono e melhora a qualidade do ar das cidades brasileiras.
“A Unem celebra a decisão como mais um passo decisivo para posicionar o Brasil como líder da transição energética, valorizando soluções já disponíveis, sustentáveis e economicamente viáveis. O setor reconhece o papel fundamental do MME [Ministério de Minas e Energia], na pessoa do ministro Alexandre Silveira e de sua equipe, pela condução de políticas visionárias e orientadas para o futuro”, diz a entidade por meio de nota.
Para Giuseppe Lobo, diretor executivo da Bioind MT, Mato Grosso deverá absorver parte dessa demanda adicional por etanol, criando condições importantes para a retomada de investimentos no setor.
“A medida é importante para o setor, na medida em que acrescenta uma demanda adicional de um volume estimado em 1,6 bilhão de litros, mas sobretudo para o país, em um momento em que enfrentamos incertezas globais relacionadas a países produtores de petróleo”, afirmou.
Entenda a medida
A viabilidade técnica do aumento da mistura de etanol à gasolina foi comprovada por um estudo conduzido pelo Instituto Mauá de Tecnologia, sob a articulação do Ministério de Minas e Energia, com a participação de entidades do setor.
Uma frota de automóveis e motocicletas foi analisada, a partir da nova proporção, e permitiu constatar que a nova porcentagem não compromete a performance dos veículos, mas permite ampliar ainda mais o teor de biocombustível na gasolina.
Desde já, a Unem e outros representantes do setor começam a reivindicar estudos para aumentar essa porcentagem para 35%.
