MARCIO CAMILO
DA REDAÇÃO
A recém-nascida indígena enterrada viva pela avó e bisavó teve melhora significativa dos quadros renal e infecioso. Ela também já respira sem ajuda dos aparelhos e nesta terça-feira (3) passou por um procedimento cirúrgico para retirada do cateter que havia sido inserido para ajudar na função renal.
As informações constam no boletim médico emitido nesta terça pela Santa Casa de Misericórdia de Cuiabá, onde a bebê está internada na UTI Neonatal.
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A Santa Casa também informou que a recém-nascida é acompanhada por uma fonoaudióloga para iniciar o processo de sucção, pois ela ainda é alimentada por sonda. Esse procedimento pode ajudar a bebê a mamar e a se alimentar via oral.
Ela ficou soterrada durante 5h e foi resgatada por policiais militares, após uma denúncia anônima.
O caso aconteceu no último dia 5 de junho no município de Canarana (a 823 km de Cuiabá) e gerou grande comoção social, pois o resgate da criança foi registrado em vídeo pelos policiais.
Tanto a avó quanto a bisavó da recém-nascida foram indiciadas por tentativa de homicídio. Elas chegaram a ser presas em flagrante e posteriormente foram liberadas.
As duas são da etnia Trumai. Há suspeitas de que elas tenham batido a cabeça da criança na tentativa de matá-la, para depois enterrar o corpo no fundo do quintal. Segunda as tradições Trumai, não é permitido na aldeia criança filha de mãe solteira. A mãe da recém-nascida tem apenas 15 anos e teria se relacionado com um rapaz de fora da aldeia. Ele não assumiu a paternidade da criança.
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