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Cuiabá, 16 de Setembro de 2025
16 de Setembro de 2025

25 de Maio de 2017, 19h:54 - A | A

GERAL / CONFLITO DE INTERESSE

Empresa de médico que chorou na TV fatura R$ 3,2 milhões do Estado

O médico é um dos sócios da empresa Roberto Satoshi Yoshida & Cia Ltda, que atua em atividades de atendimento em pronto-socorro, e faturou milhões em contrato com o Governo.

RAFAEL DE SOUSA
DA REDAÇÃO



Documentos obtidos pelo site , no fim da tarde desta quinta-feira (25), denunciam que o ex-diretor técnico do Hospital Regional de Sorriso (a 420 km ao Norte de Cuiabá), Roberto Satoshi, que chorou na última segunda-feira (22), ao denunciar a falta de alimentos para servir aos pacientes, devido a atrasos nos repasses por parte do Governo do Estado, recebeu, nos últimos dois anos e três meses, pouco mais de R$ 3,2 milhões em contratos com poder público de forma ilegal. Os números estão no Sistema de Integrado de Planejamento, Contabilidade e Finanças (Fiplan).

Segundo os dados, mesmo exercendo função pública remunerada, sendo servidor de carreira, o ex-diretor é um dos sócios da empresa Roberto Satoshi Yoshida & Cia Ltda – ME, que atua em atividades de atendimento em pronto-socorro e unidades hospitalares, para atendimento à urgência em unidades de saúde. A prática é vedada pelo Estatuto do Servidor.  artigo 3º, inciso I da Resolução Normatia 311/2012 da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) proíbe pessoas que estejam impedidas por lei especial – neste caso o Estatuto do Servidor - de exercerem o cargo em empresas privadas. A Lei Complementar Estadual nº 4, de 15 de outubro de 1990 (Estatudo do Servidor), estabelece que é proibido aos servidores estaduais “participar de gerência ou administração de empresa privada, de sociedade civil, ou exercer comércio e, nessa qualidade, transacionar com o Estado”. 

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A empresa presta serviços ao Hospital de Sorriso por meio de um contrato, o que caracteriza conflito de interesse. Os valores foram pagos a Roberto Satoshi por meio do Fundo Estadual de Saúde. 

O contrato social mostra que a empresa é administrada por Rodrigo Francisco e Pintel Cruz, além dos sócios Roberto Satoshi Yoshida, Iuri dos Santos Barros Viana, Pedro Ivo Calegari, Tulio Emanuel Orathes Ponte Silva e fica localizada na Rua Santos Dumont, 250, Apt 03, no bairro Bela Vista, em Sorriso. O capital especificado no contrato social é bem inferior ao recebido do Governo, cerca de R$ 20 mil. 

Roberto Satoshi ganhou as capas dos principais sites de notícia do estado e manchetes de TV no início da semana depois de chorar anunciar a situação precária da unidade, que segundo o diretor, não havia sequer alimentos. As dívidas da unidade podem alcançar os R$ 874 mil. 

Outro lado

Até a publicação desta reportagem, não conseguimos contato com o diretor Roberto Satoshi.

Veja documentos abaixo:

Álbum de fotos

Comente esta notícia

ana 26/05/2017

De fato Jeferson. Esses contratos médicos foram realizados no periodo da OSS e já não tem mais valor legal uma vez que o contrato com a OSS foi extinto. Portanto onde estavam os orgãos de fiscalização?? Onde estavam os deputados???

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JEFERSON MATOS 26/05/2017

A coisa toda é simples: se tu tiver alguma denúncia contra o governo do Estado tu será perseguido até a morte. O ex-diretor está provando disso. Hora, se a relação servidor-empresário é ilegal então como ele conseguiu vender seus serviços ao Estado? Como isso nunca foi denunciado antes? A Auditoria do Estado/PGE/TCE tinham ciência disso? Tem coisa podre nisso tudo aí, e não estou falando da "denúncia" contra o servidor.

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Emanueli Martins 26/05/2017

O governo do estado já se pronunciou, milhões de vezes, dizendo que A: Precisa ser investigado o que houve B: o hospital deixou de enviar a papelada de prestação de contas e agora mais essa novidade? máscaras estão caindo, a oposição está tremendooo

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Noam 26/05/2017

LUCAS: Tudo bem meu caro? Está mesmo acompanhando o andar da política mato-grossense, ou fica apenas acreditando em "político de facebook"? Taques vem sendo atacado, muitas vezes não tendo nada a ver com a paçoca.

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Maria Clara 26/05/2017

Estava escrito na testa dele que fez o mesmo curso de teatro que dona Janaína Riva fez. Deveriam largar as profissões e tentaram o PROJAC, porque o talento pra enganar as pessoas é nato.

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Eric 26/05/2017

Tem que investigar o deputado que alterou documentos junto com secretário pra roubar os cofres publicos e o funcionário que vazou esses documentos que sao sigilosos, no minimo ta roubando também.

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Lucas 26/05/2017

Pensa num governo SEM RUMO que ao receber críticas ao invés de melhorar investe pesado em ataques pessoais tentando máscaras a crise que vivência. #ForaTaques

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Honesto 26/05/2017

Na verdade o que foi mostrado na mídia é a falta de comprometimento humanitário do governo do estado, com os hospitais, que precisam desses recursos para manter as portas abertas e atendendo a população. Com relação ao contrato irregular com a empresa do ex- diretor do hospital, cabe a justiça analisar e punir a sua irregularidade.

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Rodolfo Borges 26/05/2017

3,2 milhões em 2 anos e meio dão pouco mais de 118 mil reais ao mês. É apenas o valor de contrato da Equipe Inteira de cirurgia geral do hospital. Dá menos de 4 mil por dia, para bancar dois cirurgiões 24 horas por dia, além de atendimentos ambulatoriais, fora os impostos. É muita cara de pau desse governo querer colocar como ilegal o valor de contrato da empresa... E coloca um valor que parece alto, por que o tempo é longo. Não caiam nessa.

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Rodolfo Borges 26/05/2017

3,2 milhões em 2 anos e meio dão pouco mais de 118 mil reais ao mês. É apenas o valor de contrato da Equipe Inteira de cirurgia geral do hospital. Dá menos de 4 mil por dia, para bancar dois cirurgiões 24 horas por dia, além de atendimentos ambulatoriais, fora os impostos. É muita cara de pau desse governo querer colocar como ilegal o valor de contrato da empresa... E coloca um valor que parece alto, por que o tempo é longo. Não caiam nessa.

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Laura 25/05/2017

Se a empresa trabalhou tem que receber . A matéria é colocada como se ele recebeu esse dinheiro de forma ilícita. Ele é sócio de uma empresa, que possui empregados, que prestaram serviços para o Estado...Ou será que quem trabalha na empresa tem que fazer trabalho voluntariado para o Estado? É muita hipocrisia...

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Jefferson 25/05/2017

Opa, esses documentos não são aberto ao público, as informações até podem ser obtidas pelo site transparência pública MT, que seria o meio lícito de obtê-la, mas especificamente esses documentos não são públicos e com um agravante, o servidor que repassou desrespeitou o sigilo a ele imposto por força normativas. Isso tem que ser investigado! além dos grampos agora tem mais essa? Informações confidenciais do FIPLAN e do SEAP sendo jogados a interesses escusos? É... tá tendo transformação.

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12 comentários