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Cuiabá, 26 de Abril de 2024
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16 de Agosto de 2018, 17h:30 - A | A

GERAL / DENÚNCIA DO MP

Dr. Bumbum assumiu risco de matar motivado por ganância e lucro fácil

O apontamento é do Ministério Público do Rio de Janeiro, quanto à responsabilização do médico Denis Furtado pela morte da bancária Cuiabana, Lilian Calixto.

MARCIO CAMILO
DA REDAÇÃO



O Ministério Público do Rio de Janeiro (MP-RJ) afirma que o médico Denis Furtado, o “Doutor Bumbum”, assumiu risco de matar, motivado pela ganância e lucro fácil ao fazer o procedimento de bioplastia para aumentar os glúteos da bancária cuiabana, Lilian Calixto.

Esse é o teor da denúncia que o MP-RJ apresentou contra o médico para ser analisada pelo Tribunal do Júri. Também foram denunciadas a mãe dele, Maria de Fátima Furtando, a namorada dele, Renata Fernandes Cirne e a empregada doméstica Rosilane Pereira da Silval – todas acusadas de envolvimento na morte da mato-grossense.

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A bancária pagou R$ 20 mil pela bioplastia que gerou complicações que causaram embolia pulmonar e levaram a cuiabana à morte.

Conforme o MP, os envolvidos atraíam as clientes para a bioplastia, mediante a “falsa promessa de beleza imediata”. Os procedimentos, conforme a denúncia, também eram feitos no apartamento do médico – um local totalmente inadequado.

Os procuradores enfatizam que a ambição de Denis em ganhar dinheiro fácil foi um dos principais motivos que o levou a fazer a bioplastia em Lillian de modo precário e sem levar em consideração as normas sanitárias.

“Ao realizar na vítima o procedimento de bioplastia de glúteos, introduzindo 300 ml da substância polimetilmetacrilato (PMMA) através de procedimento invasivo, quando a recomendação é de uso em pequenas doses e com restrições, criou o risco proibido, previsível ao denunciado na sua condição de médico, risco esse incrementado uma vez que a intervenção foi realizada em um apartamento, provisória e precariamente adaptado para o atendimento de pacientes, assumindo destarte o risco do resultado decorrente de sua conduta, qual seja, a morte da vítima”, denúnciam os procuradores do Ministério Público.

Eles também argumentaram que a mãe, Maria Furtado, e a namorada, Renata Fernandes, tinham um papel fundamental no esquema, no sentido de aliciar a vítimas. Renata por exemplo, cita o MP, costumava sugerir para as pacientes “a quantidade de PMMA a ser utilizada, bem como recebia os pagamentos efetuados, o que muitas vezes era feito diretamente em sua conta-corrente pessoal”.

“Ante o exposto, requer o Ministério Público, seja recebida a denúncia, com a citação dos denunciados para oferecerem defesa prévia no prazo de 10 (dez) dias, sob pena de revelia, esperando ver ao final julgada procedente a pretensão punitiva estatal, com a consequente pronúncia dos acusados, para que, submetidos a julgamento pelo Egrégio Tribunal do Júri, seja ao final condenados”, enfatizou o MP do Rio de Janeiro.

O caso

Lilian saiu de Cuiabá para o Rio de Janeiro, no dia 14 de julho, para fazer a bioplastia com Denis Furtado. 

Ela passou mal horas depois e foi levada por ele para atendimento em no Hospital D’or, na Barra da Tijuca. Os médicos realizaram procedimentos para recuperação de Lilian, no entanto, ela morreu na madrugada do domingo (15).

O médico Denis Furtado, a mãe e namorada dele foram presos em 19 de julho, pela Polícia Militar do Rio de Janeiro.

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