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15 de Agosto de 2018, 10h:50 - A | A

GERAL / DENUNCIADO PELO MP

Dr. Bumbum pode pegar 30 anos de cadeia por morte de cuiabana

Também foram denunciadas pelo crime a mãe dele, Maria de Fátima, a namorada e secretária de Denis, Renata Fernandes Cirne e a empregada doméstica Rosilane Pereira da Silva.

RAFAEL MACHADO
DA REDAÇÃO



O Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) apresentou denúncia contra o médico Denis Furtado, mais conhecido como 'Doutor Bumbum', por homicídio doloso, pela morte da bancária cuiabana Lilian Calixto, após procedimento de bioplastia de glúteos com a aplicação de polimetilmetacrilato (PMMA) acima do recomendado.

Também foram denunciadas pelo crime, a mãe dele, Maria de Fátima, a namorada e secretária de Denis, Renata Fernandes Cirne e a empregada doméstica Rosilane Pereira da Silva.

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Eles foram enquadrados nas penas previstas no artigo 121 do Código Penal  - homicídio mediante paga ou promessa de recompensa, ou por motivo torpe - sob pena de 12 a 30 anos de prisão.

Lilian morreu na madrugada do dia 15 de julho depois de ser submetida à aplicação de PMMA, um polímero, ou fibra sintética, em forma de gel, usada para preenchimento de partes do corpo. Segundo o laudo do Instituto Médico Legal (IML), a bancária morreu por embolia pulmonar que interrompeu o fluxo sanguíneo no pulmão.

De acordo com a denúncia do MPRJ, Denis junto com a mãe, namorada e empregada atraíam clientes, maioria mulheres, para realização de procedimentos estéticos mediante a aplicação de produtos químicos, sob falsa promessa de beleza imediata.

"Atraíam clientes/vítimas, na sua maioria mulheres, para a realização de procedimentos estéticos mediante a aplicação de produtos químicos, notadamente bioplastia de glúteos, com utilização de polimetilmetacrilato 30% (PMMA), sob a falsa promessa de beleza imediata, motivados torpemente por ganância e pelo lucro fácil auferido, sendo tais procedimentos realizados no endereço acima indicado, residência do denunciado, sem qualquer estrutura, consoante se denota do Laudo de Exame em Local de fls. 199/218, que se destinava a consultas e realização de procedimentos médicos de cunho estético", cita trecho da denúncia.

No documento, relata que Lilian agendou o procedimento por intermédio de Renata, que era responsável pela recepção das pacientes e ainda sugeria quantidade de PMMA a ser utilizada, bem como recebia os pagamentos.

Relata que no dia 14 de junho, às 12h45, a bancária compareceu no apartamento do médico e que realizou a bioplastia apenas às 19h. Foram aplicados 300 ml de polimetilmetacrilato nos glúteos pelo médico Denis com auxilio de Rosilane.

"Nesse passo, note-se que o denunciado Denis, auxiliado pelas demais denunciadas, ao realizar na vítima o procedimento de bioplastia de glúteos, introduzindo 300 ml da substância polimetilmetacrilato (PMMA) através de procedimento invasivo, quando a recomendação é de uso em pequenas doses e com restrições, criou o risco proibido, previsível ao denunciado na sua condição de médico, risco esse incrementado uma vez que a intervenção foi realizada em um apartamento, provisória e precariamente adaptado para o atendimento de pacientes, assumindo destarte o risco do resultado decorrente de sua conduta, qual seja, a morte da vítima", descreve.

Sustenta que após o procedimento, Lilian começou a sentir mal, apresentado queda de pressão e outros sintomas. Ela foi levada ao hospital pelos denunciados, depois de constatada a gravidade do quadro de saúde, eles teriam fugido do local.

"Ante o exposto, requer o Ministério Público, seja recebida a denúncia, com a citação dos denunciados para oferecerem defesa prévia no prazo de 10 (dez) dias, sob pena de revelia, esperando ver ao final julgada procedente a pretensão punitiva estatal, com a consequente Pronúncia dos acusados, para que, submetidos a julgamento pelo Egrégio Tribunal do Júri, seja ao final condenados", finaliza.

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