CELLY SILVA
DA REDAÇÃO
Em entrevista concedida por telefone à TV Band de Juína, dois indígenas da etnia Enawenê Nawê, revelaram que os assassinatos dos jovens Genes Moreira, 24, e Marciano Cardoso, 27, no dia 9 de dezembro, teria sido uma decisão tomada por toda aldeia, como resposta de vingança da família do índio Daliameali Enawenê, que foi baleado e morto em um confronto na MT-170, em Brasnorte, em outubro de 2015, quando também ocorria um pedágio ilegal semelhante àquele em que os jovens foram capturados e levados para a morte.
Os assassinatos teriam sido uma decisão tomada por toda aldeia, como resposta de vingança da família do índio Daliameali Enawenê, que foi baleado e morto em um confronto na MT-170, em Brasnorte, em outubro de 2015
O índio identificado apenas como Ururu, disse que eles não pretendem entregar os executores dos tiros e pauladas que mataram Genes e Marciano.
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O carro em que os dois viajavam em direção à Vilhena, segundo eles, foi queimado e as armas, tanto a que estava com as vítimas, quanto às que eles compravam dos vendedores de carros roubados, foram apreendidas pela Polícia Federal, que não se pronuncia sobre o caso, que corre sob sigilo de Justiça.
Sobre os carros roubados encontrados com os enawenê, eles se defendem dizendo que foram enganados pelos vendedores de Cuiabá e que todos os veículos foram entregues à Polícia.
O índio identificado apenas como Ururu, disse que eles não pretendem entregar os executores dos tiros e pauladas que mataram Genes e Marciano.
Os índios utilizavam as caminhonetes para ir às cidades vizinhas fazer compras e receber os auxílios pagos pelo governo federal. Mesmo sem os carros, eles não estariam passando necessidade, uma vez que dispõem de alimentos e medicamentos naturais, cultivados na própria aldeia. Além disso, um helicóptero do Ministério da Saúde visitou, recentemente o local para levantar a atual situação de saúde, principalmente das crianças.
Com relação aos pedágios ilegais, o índio afirmou que eles continuarão realizando tal prática. Segundo ele, todo o dinheiro arrecadado é distribuído entre as famílias moradoras da comunidade.
A entrevista foi concedida pelos indígenas na noite da última terça-feira (12)
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CASO X REVOLTA
Os dois rapazes foram sequestrados e mortos pelos indígenas após supostamente se recusarem a pagar pedágio ilegal na BR-174, na estrada que liga Juína à Vilhena, no dia 9 de dezembro.
O clima de revolta ainda é grande em Juína. A população está inconformada com o fato de os índios ainda estarem em liberdade mesmo tendo confessado a autoria dos crimes e continuar controlando a rodovia, negando às pessoas o direito de ir e vir. Mesmo alguns índios que foram detidos com caminhonetes roubadas em Vilhena, no estado vizinho de Rondônia, nenhum deles foi preso porque pagaram a fiança de cerca de R$ 1 mil cada
Eduardo Alvarenga 14/01/2016
As autoridades estão aguardando o povo de juina eliminar essa tribo, somente pode ser isso; porque se não faz justiça, deixa a revolta ocorrer; e isso deve ser o que aguardo o nosso governos.
sme 14/01/2016
Já esta passando a hora de colocar fim sobre esse pedágio que os índios fazem, agora compra carro roubado a onde vai para, mata pessoas isso ficar por nada. A onde fica a justiça as maioria tudo tem estudo saber ler tem ate doutorado fora do pais, vem falar não tem conhecimento das coisa, agora e hora de mudar isso.
Jota Passarinho 14/01/2016
Brasil, mostre a sua cara...
3 comentários