KEKA WERNECK
DA REDAÇÃO
Equipe do Corpo de Bombeiros está atuando desde quarta-feira (19) para conter um incêndio, de grande proporção, que está afetando o Parque Estadual de Nobres, a 120 quilômetros de Cuiabá. As chamas estão próximas à Gruta Lagoa Azul, região turística, visitada por brasileiros e estrangeiros o ano todo.
Além carros-pipa com capacidade de 5,7 mil litros de água, foram para o local um avião do Batalhão de Emergências Ambientais (BEA), do Corpo de Bombeiros, que ejeta 3,1 mil litros de água por vôo
A Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema), que identificou o foco em rastreamento via satélite, já informou que se trata de incêndio criminoso.
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Além carros-pipa com capacidade de 5,7 mil litros de água, foram para o local um avião do Batalhão de Emergências Ambientais (BEA), do Corpo de Bombeiros, que ejeta 3,1 mil litros de água por vôo, para ajudar nos trabalhos.
“A vantagem do avião é que é capaz de espalhar água por um grande espaço”, explica o tenente coronel Ruberval Alexandre de Barros‚ que responde pela atuação do Corpo de Bombeiros na região Metropolitana de Cuiabá.
Ele informa que a corporação não tem sede em Nobres e que a capital está responsável pelo serviço.
A Sema diz que o fogo ainda não foi controlado e o risco maior é se aproximar do Assentamento Coqueiral Quebó, no entorno do parque, de onde há suspeitas de que o fogo tenha partido
A Sema diz que o fogo ainda não foi controlado e o risco maior é se aproximar do Assentamento Coqueiral Quebó, no entorno do parque, de onde há suspeitas de que o fogo tenha partido, que estaria sendo usado na roça de mandioca.
O parque tem 12 mil hectares e fica em uma região montanhosa, por isso é grande o prejuízo ambiental, porque além da vegetação, que está sendo devastada, animais do cerrado, como macacos e cotias, não devem resistir.
Em agosto de 2009, 80% do parque foi queimado. “Nós pedimos à população que colabore e pare de usar fogo. Quem vir alguém utilizando, denuncie, porque é crime neste período. Todos têm o compromisso de colaborar”, solicita o tenente coronel Paulo André Barroso, comandante do BEA.
O coordenador de Unidades de Conservação e Áreas Protegidas da Sema, Alexandre Batistella, pontuou que a primeira providência quando se identifica focos de queimada em uma unidade de conservação é buscar isolar esses pontos, já que eles rapidamente se transformam em incêndio, que é mais difícil de se controlar e prejudica não só a fauna e flora.
Nas áreas rurais, a utilização do fogo neste período é crime passível de seis meses a quatro anos de prisão, com autuações que podem variar entre R$ 7,5 mil ou R$ 1 mil (pastagem e agricultura) por hectare. Nas áreas urbanas o uso do fogo é crime o ano inteiro. As denúncias podem ser feitas pelos telefones 0800 65 3838 (ouvidoria Sema), 193 (Corpo de Bombeiros) ou diretamente nas secretarias municipais de Meio Ambiente. O período proibitivo para queimadas na área rural iniciou no dia 15 de julho e segue até 15 de setembro, podendo ser prorrogado devido às condições climáticas.