DA REDAÇÃO
O Plenário da Câmara de Cuiabá nunca foi tão silencioso, como nesta terça-feira (15). A projeção de um filme, que não merece nenhum Oscar, foi o motivo de chamar tanta a atenção.
Na telona, a pedido do presidente da Comissão de Constituição e Justiça da Casa, vereador Faissal Calil (PSB), os vereadores e toda a ‘plateia’ presente puderam assistir os 26 minutos de gravação, sem edição, da conversa entre o ex-presidente da Câmara, vereador João Emanuel e uma empresária, que resultou no pedido de cassação do vereador por quebra de decoro parlamentar.
No vídeo gravado no dia 7 de outubro de 2013, João Emanuel explica passo a passo, à proprietária de uma gráfica como fraudaria a licitação da Casa, ao contratar os serviços de sua empresa.
Atentos, os parlamentares ‘nem piscavam’ ao acompanhar as declarações de João Emanuel, que citou até mesmo os nomes de seu sogro, deputado José Riva (PSD) e do governador Silval Barbosa (PMDB), ao tentar dar mais ‘credibilidade’ a seu esquema, conquistando a confiança da empresária.
Em outro trecho da gravação feita pela dona da gráfica, o próprio vereador se coloca como ‘o cara’ de um esquema sobre falsificação de documentos de terrenos.
“Eu sou a garantia desse negócio para essa empresa”, afirmou João Emanuel.
No vídeo, a empresária, que ‘negociava’ prestar serviços de forma fraudulenta para compensar uma suposta venda ilegal de um terreno de sua propriedade por João Emanuel, alerta ao vereador sobre os riscos que corre.
“Você está pondo o seu na reta de graça”, diz a empresária.