ABDALLA ZAROUR
DA REDAÇÃO
Por muito pouco, o sequestro do secretário de Saúde de Várzea Grande por dois adolescentes, de 17 anos, na madrugada da última terça-feira (4), não termina em tragédia.
Edson Vieira estava em um Toyota Corolla em frente ao Pronto Socorro Municipal, localizado na Avenida Alzira Santana, no bairro Nova Várzea Grande, quando foi rendido pelos suspeitos.
"O secretário foi abordado ao esperar um funcionário do Pronto Socorro, que iria lhe entregar um exame de raio X. No momento do roubo, ele estava falando ao celular com a namorada, que percebeu a situação e acionou a PM", relatou um policial.
Os menores obrigaram a vítima ir até uma agência bancária e conseguiram sacar R$ 300 por causa do horário.
Os suspeitos ficaram irritados com a quantia sacada e seguiram viagem, mas foram interceptados por uma guarnição da PM.
Um dos menores ao perceber a abordagem saiu com as mãos para o alto, já o outro adolescente ficou no carro fazendo o secretário de refém.
Durante a negociação, o menor afirmou que só iria se entregar se uma tia fosse ao local. "Trouxemos a mulher, porém, o adolescente queria que ela entrasse no veículo. O pedido foi negado. Com muito custo o jovem M.I.R.C., se rendeu", comentou.
EM DEFESA DE JUVENAL
conexão poder |
![]() |
Perri: presidente do TJMT sai em defesa do desembargador Juvenal Pereira da Silva |
O Presidente do Tribunal de Justiça de Mato Grosso, Orlando de Almeida Perri, saiu em defesa ao desembargador Juvenal Pereira da Silva, que suspendeu as investigações do Grupo de Atuação Especial contra o Crime Organizado (Gaeco) contra o ex-presidente da Câmara de Cuiabá, João Emanuel (PSD) e outras cinco pessoas, que estariam envolvidas em um suposto esquema de fraude à licitação da Câmara, além de grilagem e falsificação de documentos de terrenos.
Em entrevista aos jornalistas na Assembleia Legislativa, Orlando Perri fez questão de rebater que as críticas não deveriam ser feitas à pessoa de Juvenal, que teria agido dentro da lei estadual.
No dia 29 de janeiro, por decisão de Juvenal Pereira da Silva, suspendeu a investigação Gaeco que resultou na deflagração da operação “Aprendiz”. Na decisão, o desembargador afirma que não houve, no procedimento, participação da Polícia Civil e que isso gerou um vício de composição.
O desembargador também determinou que todos os atos praticados pelos promotores do Ministério Público, no decorrer da investigação, fossem ratificados pela Polícia.
A decisão causou a revolta dos promotores do Ministério Público Estadual. O coordenador do Gaeco, Aurélio de Castro, chegou a declarar que a decisão é um retrocesso no combate à corrupção no país e definiu a situação como ‘pizza’.
TRISTEZA E COMOÇÃO
A morte de V. F. Z de apenas um ano em Várzea Grande chocou os moradores da região.
O menino morreu após uma caminhonete passar por cima dele. A tragédia ocorreu na frente da casa da vítima, no bairro Jardim Pampulha, em Várzea Grande.
Conforme informações da Polícia Civil, V.F.Z brincava com o pai na calçada da casa, quando um amigo dele chegou em uma caminhonete. Ao iniciar a conversa com o amigo, o pai teria se distraído. Com o término da conversa, eles se despediram. O homem deu ré no veículo e atropelou o garoto.
O menino teve a cabeça esmagada por uma das rodas do veículo e morreu na hora. Ao ver o filho morto, o pai e o amigo entraram em estado de choque.
MORRO DO CAI-CAI
Repórter MT |
![]() |
Dona Evani: até hoje Secopa não resolveu situação dos moradores do morro do Despraiado |
E o morro do Despraiado que não para de cair. Quem passa pelo local percebe que a todo instante mais terra desce dessa encosta.
E lá se vão três meses após o início do desmoronamento e a Secretaria Extraordinária da Copa do Mundo (Secopa) ainda não iniciou as obras para a construção do muro de gabião, conforme prometido pelo governador Silval Barbosa (PMDB), durante a solenidade de inauguração do viaduto do Despraiado, no dia 18 de novembro de 2013.
A terra, que inicialmente estava somente na calçada, agora invade a Avenida Miguel Sutil, chegando próximo à barreira de separação entre a pista e a área afetada.
Repórter MT visitou a área nesta quinta-feira (6) e constatou que apenas uma das nove famílias que moram no local deixou a casa.
“Eles não tomam decisão. Nós estamos na nossa casa, não vamos desocupar para eles e ir para uma casa de aluguel e pagar do nosso bolso”, diz dona Evani Soarena, moradora do bairro há 29 anos.
Dona Evani afirma ainda que técnicos que visitaram a família deram a opção de sair permanentemente ou de forma provisória, e quando a obra fosse concluída poderiam voltar para a casa.
“Eles ofereceram pagar o aluguel pelo período de um ano, que é o tempo para a conclusão da obra, depois poderíamos voltar normalmente. Dizem que não vão mexer enquanto tiver gente nas casas, mas não decidem nada”, desabafou.