VINÍCIUS LEMOS
DA REDAÇÃO
Os professores da rede municipal de Várzea Grande manterão a paralisação, deflagrada há 10 dias. Até esta sexta-feira (01), não havia nenhum indício do fim da greve. A última proposta feita à classe pelo Ministério Público Estadual foi há uma semana e os servidores a consideraram um retrocesso nas negociações com a Prefeitura do município.
O presidente da Subsede do Sindicato dos Trabalhadores do Ensino Público de Várzea Grande (Sintep-VG), Gilmar Soares, relatou ao RepórterMT que não obteve nenhum sinal da prefeitura do município sobre as reivindicações da classe. “A última proposta foi um retrocesso, porque eles voltaram atrás em pontos que já haviam sido acertados”, relatou Soares, que afirmou que desde então não houve um novo diálogo entre as partes.
A classe fará uma manifestação nesta segunda-feira (04) em frente à prefeitura de Várzea Grande. Eles pretendem levar merenda escolar ao local para mostrar a falta de comida enfrentada na educação. “Há escolas que recebem 24 laranjas para fazer salada de frutas para 200 alunos. A quantidade da merenda escolar não é suficiente”, lamentou o presidente da Subsede do Sintep-VG.
Em entrevista ao RepórterMT, no dia 23 de outubro, o secretário municipal de educação de Várzea Grande, Jonas da Silva, afirmou que havia acatado 11 das 13 reivindicações feita pela classe.
Os professores afirmam que estão sem receber reajustes salariais e pedem que o Executivo aprove o Plano de Cargos, Carreiras e Salários (PCCS) com a atualização do piso salarial deste ano.
O Sintep-VG fez um levantamento e descobriu que 75% das escolas de educação infantil do município aderiram ao movimento. Vinte das 45 instituições de ensino fundamental também estão paralisadas. Estima-se que, aproximadamente, 12 mil alunos estejam sem aula.