GREYCE LIMA
DA REDAÇÃO
Dentro de 15 dias, cerca de 300 detentos do regime fechado do sistema prisional de Mato Grosso vão trabalhar em obras de reforma de prédios públicos e praças. Os reenducandos serão monitorados através de tornozeleiras eletrônicas.
A iniciativa de inclusão social e ressocialização dos presos é resultado de uma parceria firmada pela Secretaria de Justiça e Direitos Humanos (Sejudh,) Prefeituras e o Departamento Estadual de Trânsito (Detran/MT).
Trinta municípios de Mato Grosso já aderiram o projeto da Sejudh. Cuiabá inicia na próxima semana, a fase inicial. 120 detentos contribuirão com a reforma das praças da capital, a expectativa é dar opotunidade de emprego a 200 presos ao longo desta primeira fase.
De acordo com a Sejudh. cerca de 5 mil tornozeleiras eletrônicas chegarão no próximo dia 25, alguns destes equipamentos novos serão destinados aos presos do regime fechado inclusos no projeto.
Em conversa com o RepórterMT, o Secretário de Justiça e Direitos Humanos, Luiz Antônio Pôssas Carvalho, disse que o projeto de ressocialização irá reduzir custos, já que o Estado e as prefeituras contratam mão de obra terceirizada para realizar o serviços de limpeza e manutenção.
Há um ano, a Sejudh rompeu contratos com empresas prestadoras de serviço e colocou reeducandos para trabalhar nos setores de limpeza, reforma e manutenção do orgão. O que gerou uma economia em torno de 40 mil reais por mês no orçamento.
"O exemplo tem que partir de nós ( Governo). Investimos na reabilitação e precisamos provar que isso é possivél . Aqui na Sejudh dispensamos a empresa terceirizada responsavél pela limpeza e manutençãoe utilizamos reenducandos. Nosso modelo deve ser seguido por outros órgãos", diz Luiz Antônio Pôssas.
No projeto voltado ao poder público, o detento não recebe salário, mas a redução da pena. Para cada três dias de trabalho, elimina - se um dia da pena. Caso o serviço seja prestado para uma empresa privada, a remuneração será de um salario mínimo (R$: 724), sendo 50% da renda entregue à família e outra metade depositada em uma conta no nome do preso, o acesso ao dinheiro só será permitido após ganhar liberdade.
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