ANA ADÉLIA JÁCOMO, da Redação
Uma das principais vias de acesso à movimentada Avenida da Prainha, a Avenida Coronel Escolástico, está há seis meses parcialmente interditada, mesmo sem nenhuma obra em andamento.
O local será um dos corredores do VLT (Veículo Leve sobre Trilhos) em Cuiabá. Comerciantes e moradores das proximidades questionam a real necessidade de o Consórcio VLT-Cuiabá ter fechado parte da via.
Em nota, a empresa afirma que a região passa pela fase de resgate arqueológico. Irritado com o “abandono” da obra, o gerente administrativo da Drogaria Paolla, José Carlos, disse que o impacto no trânsito é muito alto. Além disso, ele aponta uma redução de 30% nas vendas do comércio.
“Essa obra está paralisada há meses. Uma vez ou outra um caminhão aparece, entra lá e sai sem fazer nada. É um desrespeito. Acredito que liberando a pista e voltando o retorno já ajudaria bastante. Nem sequer informação aos comerciantes foram repassadas. Não sabíamos nem o motivo da obra estar parada”, disse ele.
O taxista Marcos Pereira afirmou que não há trabalhadores no local. Ele rejeitou o argumento da empresa, e disse que trabalha na avenida o dia todo, mas nunca viu equipes realizando qualquer atividade. “Eu sempre estou aqui. Enfrento esse congestionamento diariamente e fico revoltado quando olho para essa pista interditada e ninguém está trabalhando para que ela seja liberada”.
O consórcio iniciou em março as atividades para implantação da via permanente na avenida. O canteiro de obras foi montado e a equipe de topografia localizou as interferências enterradas (cabos de fibra ótica, principalmente) que também já foram removidas.
As atividades de resgate arqueológico serão realizadas na rua do Rosário (lateral à paróquia), onde se pretende verificar se há alguma escadaria ou calçamento antigo. A intenção do resgate arqueológico é levantar informações que possam complementar a história de Cuiabá.
Confira fotos atualizadas do local:
Parte da frágil proteção está desabando