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Cuiabá, 12 de Setembro de 2024
12 de Setembro de 2024

28 de Maio de 2012, 12h:07 - A | A

CIDADES / INCERTEZA NA UFMT

Greve pode durar meses; 20 mil alunos estão sem aulas

O movimento teve início no dia 17 de maio e pode se estender por vários meses como ocorreu em 2005

LAÍS FERREIRA



Greve dos professores da Universidade Federal de Mato Grosso segue por tempo indeterminado. A afirmação foi feita na manhã dessa segunda-feira (28) pelo presidente da ADUFMAT (Associação dos Docentes da Universidade Federal de Mato), Carlos Alberto Eilert, em entrevista ao RepórterMT. A situação afeta cerca de 20 mil alunos matriculados nos campus de Cuiabá, Rondonópolis, Sinop, Barra do Garças e Pontal do Araguaia.
 

Segundo o presidente, o movimento somente terá desfecho, quando propostas contundentes forem apresentadas pelo governo. “Espero que o governo sente conosco na mesa de negociação para entrarmos em um acordo, caso contrário, a greve segue por tempo indeterminado”, disse.


De acordo com o Eilert, a paralisação está organizada como a greve que foi deflagrada em 2005 pelos professores da UFMT. Em 2005 foram 152 dias de paralisação.


Cerca de 44 seções sindicais que aderiram ao movimento, aguardam por essa negociação. No entanto, enquanto as negociações não são feitas os principais afetados são os alunos.


A estudante do primeiro semestre de direito, Raiana Lira, é uma das prejudicadas com a paralisação. “A greve é um instrumento legítimo de defesa dos interesses dos professores, sem essa pressão, o governo nada fará. O ruim é que os únicos a sofrerem com a greve somos nós, alunos. Férias adiadas, matérias acumuladas, além dos gastos de quem é de fora que fica na incerteza se volta para casa ou espera qual e quando será o desfecho”, relatou.


Os professores reolveram cruzar os braços no dia 17. Conforme, o presidente da ADUFMAT a paralisação é em decorrência do não cumprimento do acordo feito em agosto do ano passado, quando o governo prometeu aos professores aumento de 4% e o pagamento de gratificações.


Segundo a associação, o governo segue ainda com uma estrutura alongada hierarquizada em classes e níveis, criando inclusive uma nova classe (sênior), acima do professor adjunto; quanto à remuneração, a categoria quer uma linha única no holerite, diferente do governo, que mantém a política de gratificações; também propõe a ascensão por experiência acadêmica, formação continuada e avaliação do trabalho docente no contexto da avaliação institucional, colégios de aplicação e cargos para concurso para docentes nas instituições federais.

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