ANA ADÉLIA JÁCOMO
A interdição da Avenida Tenente Coronel Duarte, mais conhecida como Avenida da Prainha, deve ser iniciada somente no próximo mês. A previsão era que o bloqueio para instalação do VLT e desapropriação de algumas áreas fossem iniciadas em março, mas segundo o consórcio responsável, as rotas de desvio aguardam aprovação da Secretaria Municipal de Transportes Urbanos (SMTU).
Inicialmente, devem ser bloqueados parcialmente trechos entre o início da Avenida de 15 Novembro até altura do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia de Mato Grosso (Crea-MT) na Avenida Historiador Rubens de Mendonça. As interdições, no entanto, podem sofrer alterações conforme necessidade e avanço das obras, avalia a Secopa. A interrupção de tráfego durará pelo menos 6 meses.
Ponte de passagem para o centro de Cuiabá e para Várzea Grande, a região recebe grande fluxo de veículos diariamente e a interdição do trecho vai exigir muita paciência dos condutores.
Na primeira fase da obra será feito o reforço do canal da Prainha com o estaqueamento e abertura dele. Depois será realizado o envelopamento, processo que consiste em concretar a parte de cima para permitir a colocação dos trilhos. Com a construção o curso d’água também será revitalizado. O projeto contempla a implantação do coletor-tronco, que permitirá a retirada das ligações domiciliares clandestinas de esgoto ao córrego. Pontos de ônibus serão retirados da Prainha e um calçadão será construído no local. Este trecho do VLT será o último a ficar pronto.
Com dois eixos, CPA-Aeroporto e Coxipó-Centro, o modal será implantado no canteiro central das avenidas Historiador Rubens de Mendonça, FEB, 15 de Novembro, Tenente-Coronel Duarte (Prainha), Coronel Escolástico e Fernando Corrêa da Costa.
Serão 3 terminais de integração e 33 estações, que terão uma distância média de 500 a 600 metros entre um ponto e outro. Na execução das obras, o consórcio será responsável pela edificação de obras de arte especial. Ao longo dos 22,2 quilômetros de trajeto do VLT serão edificados 5 viadutos, 4 trincheiras e 3 pontes.
Os terminais terão estacionamento para veículos e bicicletário, ampliando o potencial de mobilidade urbana na Capital e em Várzea Grande. O sistema de bilhetagem deverá ser compatível e integrado aos sistemas de arrecadação utilizados nos transportes públicos dos 2 municípios. A capacidade máxima de passageiros será de 400 pessoas por vagão e a velocidade de operação prevista é 60 km.