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Cuiabá, 14 de Julho de 2025
14 de Julho de 2025

22 de Outubro de 2015, 08h:30 - A | A

POLÍTICA / CPI DA COPA

Yuri diz que projetos foram para enganar a FIFA e culpa Eder por 'desastre'

“Quem acha que vem aqui e está nos enganando está muito equivocado. Ele pouco contribuiu, mas temos outros depoimentos que confirmam a participação de cada um deles neste processo da Copa”, alfinetou o presidente da CPI

RAFAEL DE SOUSA
DA REDAÇÃO



O depoimento do e-x-secretário de Estado de Turismo e ex-diretor de Assuntos Estratégicos da extinta Agência Estadual de Execução dos Projetos da Copa do Mundo do Pantanal (Agecopa), Yuri Bastos Jorge, à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) das Obras da Copa, nesta quarta-feira (21), durou mais de 4 horas e ainda assim, a fala de Bastos pouco acrescentou ao andamento dos trabalhos, porque os assuntos relacionados à contratação do projeto da Arena Pantanal, a gestão e também os projetos para a área de Turismo referentes ao período em que comandou a autarquia não ficaram bem esclarecidos. 

“Os projetos inicias [o governo Blairo Maggi] foram para o lixo. Na verdade fizeram os projetos apenas para mostrar para FIFA”, argumentou Bastos sobre a chegada de Eder Moraes na Presidência.

Em relação às falhas na execução das obras, o ex-diretor preferiu não citar nomes e nem responsabilizar ninguém. Porém afirmou que com a chegada de Éder Moraes a presidência da agência, os projetos foram engavetados, ou seja, desapareceram. “Os projetos inicias [do governo Blairo Maggi] foram para o lixo. Na verdade fizeram os projetos apenas para mostrar para FIFA”, ressaltou Bastos.

Questionado pelo presidente da CPI, Oscar Bezerra (PSB), se os projetos foram criados apenas para enganar os representantes da Federação Mundial de Futebol, Yuri afirma que sim. “Se eu fosse um agente da FIFA que tivesse recebido os projetos iniciais e depois houvesse a mudança que aconteceu, me sentiria enganado”, disparou. 

“Se eu fosse um agente da FIFA que tivesse recebido os projetos iniciais e depois houvesse a mudança que aconteceu, me sentiria enganado”, disparou.

O ex-diretor também assumiu que foi o responsável pela escolha de dois contratos com a empresa Multinacional Deloitte pelo o fato da experiência da mesma em Copas do Mundo, como os eventos na Alemanha e na África do Sul.

Em relação à dispensa de licitação para contratação da empresa Castro Melo, Yuri disse que deve-se ao fato do curto prazo que tinham para que fizessem a apresentação do projeto do estádio à FIFA, porém, o contrato, que custou cerca de R$ 500 mil não foi demonstrado  como deveria e por isso foi necessário a contratação da GCP por R$ 14 milhões para o estudo de viabilidade da Arena.

DINHEIRO DO TELEFÉRICO

Os deputados perguntaram também sobre o pagamento de R$ 570 mil à empresa responsável pelo teleférico e o Complexo Turístico da Salgadeira e que nunca saiu do papel, mas o ex-gestor alegou não ter responsabilidade sobre o que aconteceu após deixar a Secretaria e jogou a ‘culpa’ em Éder Moraes afirmando que foi dele a decisão de não iniciar o projeto.

O presidente da CPI criticou o depoimento de Yuri dizendo que ele foi "safo" ao se isentar por completo de todas as responsabilidades como secretário. Para Oscar Bezerra as respostas pouco contribuíram para investigação. “Quem acha que vem aqui e está nos enganando está muito equivocado. Ele pouco contribuiu, mas temos outros depoimentos que confirmam a participação de cada um deles neste processo da Copa”, alfinetou o parlamentar. 

“Quem acha que vem aqui e está nos enganando está muito equivocado. Ele pouco contribuiu, mas temos outros depoimentos que confirmam a participação de cada um deles neste processo da Copa”, alfinetou o deputado Oscar Bezerra.

Outro membro da CPI, deputado Wagner Ramos (PR), afirma que o governo Silval Barbosa foi um "fiasco" para o setor turístico e a culpa é do Veículo Leve sobre Trilho. “Foi levantado pelo deputado Wilson Santos, a possibilidade de terem transferido todo dinheiro do setor turístico para o VLT, mas se isso aconteceu nós vamos descobrir e até convocar outros responsáveis pela organização. Parece que só o VLT importava para realização da Copa”, desabafou o deputado.

NOVOS CONVOCADOS

Os membros da CPI ainda aprovaram um requerimento para a convocação de Éder Moraes novamente.

A ex-secretária do Núcleo Sistêmico de Turismo, Cultura e Esporte, à época da Copa, Juliana Fiúzi, também terá de prestar esclarecimentos a respeito dos procedimentos de contratação das empresas Castro Melo, Deloitte e outras que participaram do processo que antecipou a escolha de Cuiabá como sub sede.

 

 

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