MARCIA MATOS
DA REDAÇÃO
O secretário de Fazenda da Prefeitura de Cuiabá, Guilherme Müller, defende que o corte de 10%, equivalente a R$ 52 milhões, no orçamento de Cuiabá, ordenado pelo prefeito Mauro Mendes (PSB), seria proveniente do reflexo de uma crise financeira e não da falta de planejamento ou falhas da LDO e Orçamento do Executivo.
“A expectativa de receita estava baseada em indicadores que nós tínhamos na época, que era em agosto, quando a lei orçamentária foi escrita e é normal isso, de você ter que ajustar em função do que aconteceu na economia do país. O FPM nosso diminuiu, vai diminuir cerca de R$ 12 milhões que são recursos da União. A paralisação da atividade econômica no país está levando a arrecadar menos IPI, que vem menos FPM. Se arrecada menos ICMS, vem menos ICMS, por exemplo”, declarou.
Ainda de acordo com o secretário, além disso houve uma frustração de receitas em Cuiabá, que incluem a arrecadação do imposto sobre de bens e imóveis (ITBI), devido à baixa no setor de comércio de imóveis que não permitiu a arrecadação esperada que era de R$ 15 milhões.
Apesar das ‘surpresas’ Müller descarta que em 2015 a Prefeitura passe novamente pela necessidade de cortes.
De acordo com o secretário de Planejamento Francisco Serafim já foi determinado quanto será cortado de cada pasta, porém ainda foi especificado de que forma será feita a contenção de despesas.
Quando determinou o corte o prefeito justificou que a estimativa de receita para o 1º semestre deste ano foi R$ 21 milhões menor do que o esperado. “Se continuarmos a realizar o orçamento do jeito que está hoje, chegaremos ao final do ano com um déficit de R$ 51 milhões, e isso é inadmissível”, avisou.
Mauro Mendes ainda acrescentou que o orçamento de 2015 deve possivelmente ser igual ou menor ao deste ano, uma vez que os indicadores da economia brasileira não apresentam sinais de melhoria no curto e médio prazos.