ANA ADÉLIA JÁCOMO
A aliança firmada entre o PR e a coligação “Mato Grosso Muito Mais” (PSB, PDT, PV e PPS), que elegeu Mauro Mendes (PSDB) a prefeito de Cuiabá e João Malheiros (PR) como vice, já está com a validade vencida e não deve prevalecer para as próximas eleições.
Neste sábado, 15, o presidente estadual do Partido da República, o deputado federal Wellington Fagundes, afirmou ao RepórterMT que o grupo irá integrar a base do PMDB em 2014, que conta com o PT, PP e PSD na sustentação do governador Silval Barbosa (PMDB).
“Esse grupo vai fazer com que tenhamos condições de fazer nosso sucessor para ocupar o Governo do Estado em 2014. Vamos eleger senadores e deputados também. Já temos aliança com PMDB. A base de sustentação do Silval é a mesma do Blairo, a intenção é manter isso”, disse o deputado, se referindo ao senador Blairo Maggi (PR).
Nos bastidores, cogita-se que o senador Pedro Taques (PDT) irá lançar-se à disputa para concorrer a vaga no Palácio Paiaguás. A debandada do PR seria uma forma de neutralizar a força de Taques, já que o grupo planeja lançar o deputado estadual e presidente da Assembleia Legislativa José Riva (PSD) para o mesmo cargo. Vale lembrar que ambos são rivais políticos.
Mesmo após o PR ter feito parte do palanque do MT Muito Mais, Welington afirmou que Pedro Taques não faz parte do grupo republicano e já deu sinais de que o próximo pleito será justamente contra o aliado desta eleição. “Pedro taques é outro bloco. Não fazemos parte desse grupo”, limitou-se a dizer.
O provável “racha” dá sinais contundentes, já que Malheiros teria admitido recentemente a possibilidade de não tomar posse como vice-prefeito. Seu objetivo é voltar à Assembleia e/ou retornar ao staff de Silval. Caso isso se confirme, a cadeira de vice será ocupada pelo presidente da Câmara, que pode ser Júlio Pinheiro (PTB), Onofre Júnior (PSB ou João Emanuel (PSD).
Durante a eleição deste ano, Mauro Mendes e Pedro Taques tiveram o apoio irrestrito de Blairo e demais membros do PR. Chegaram a afirmar que a aliança iria se refletir nos próximos pleitos. O Próprio Mendes declarou que a vitória na Capital era importante para marcar o espaço da coligação e viabilizar a disputa pelo Governo. Agora, com a negativa do PR, o grupo pode ter dificuldades de entrar fortalecido na disputa.
edesio do carmo adorno 16/12/2012
Acredito que o senador Pedro Taques (PDT) nunca foi ingênuo o bastante para acreditar que seria apoiado pela turma da botina em eventual disputa ao governo do estado. A coligação que elegeu Mauro Mendes prefeito de Cuiabá foi circunstancial e com data de validade estampada em seu código de barras. E vou além: O prefeito eleito da Capital possui fortes vínculos de amizade com Blairo Maggi, assim como o deputado Valtenir Pereira é afinado com o governador Silval Barbosa, logo não será nenhuma surpresa se o PSB também deixar a coligação “Mato Grosso Muito Mais”. E o PDT, sem a pavimentação da máquina, sem estrutura partidária e sem caixa, terá que percorrer caminhos íngremes e tortuosos. Para complicar, a pior pedra no caminho de Pedro é sua rebeldia e insubordinação no senado.
sebastiao 16/12/2012
Só trairagem. hahaha. de tudo isso adorei ver o Taques se estrepar.
2 comentários