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Cuiabá, 14 de Setembro de 2024
14 de Setembro de 2024

03 de Dezembro de 2012, 21h:36 - A | A

POLÍTICA / FRAUDE NO IPTU

"Máfia" pode ter provocado rombo de R$ 30 milhões", diz Galindo

O prefeito aguarda o relatório conclusivo da Defaz para saber que providências tomar. Galindo reclama da demora

ANA ADÉLIA JÁCOMO



O prefeito Chico Galindo (PTB) afirmou nesta segunda-feira (3) que a fraude ocorrida no Palácio Alencastro, referente a supressão de cobranças de diversos impostos, pode ter onerado os cofres públicos em aproximadamente R$ 30 milhões. A “Operação Impostor”, desencadeada há cerca de 20 dias, colheu 15 depoimentos de servidores públicos e segundo o prefeito, todos foram afastados.


"Não tenho como dizer um valor exato de quanto essas fraudes podem ter onerado os cofres públicos, mas calculando um valor na base do chute, eu diria que gira em torno de uns R$ 30 milhões. Afastamos os 13 efetivos e os dois DAS, mas estou aguardando o relatório da Defaz para saber quais providência judiciais poderei tomar. O que eu, como prefeito, pude fazer, já fiz. Agora tenho que esperar. Esses afastamentos, no entanto, são por tempo indeterminado”.


Questionado sobre a data para entrega do relatório conclusivo, o petebista não soube informar e reclamou da demora por parte da Delegacia Fazendária (Defaz). “Me disseram que era em uma semana, já se passaram quase três. Depois me deram outra data e nada. Espero que entreguem na minha gestão, porque quero resolver isso o quanto antes”, declarou ele.


Sobre a possibilidade de cobrar judicialmente as empresas que participaram do esquema, o prefeito voltou a afirmar que precisa do relatório da Defaz para somente após a conclusão das investigações ter condições de acionar os inadimplentes judicialmente. Ele disse que será relativamente fácil identificar quem não realizou os pagamentos, que são referentes a vários tipos de impostos, como IPTU e Alvará. Leia mais AQUI.


“Foi instalado em 2009 um novo sistema operacional, bem mais moderno, e temos o back-up de todos os dados. É fácil saber quem pagou e quem sonegou”, disse ele. A lista com o nome dos empresários envolvidos também não foi divulgada, mas segundo Galindo, pode chegar a mais de 50 empresários.


Apontado como líder do esquema, o chefe da Tecnologia da Informação (TI) da prefeitura, identificado pelo prefeito apenas como Luiz, foi afastado das funções. Ele e mais um envolvido ocupavam cargos de confiança. A Defaz se recusa a fornecer à imprensa a lista com o nome dos acusados.


O OUTRO LADO


O delegado da Defaz, Rogério Modelli, afirmou ao RepórterMT que não tem como precisar a data da entrega do relatório, disse apenas que está sendo elaborado. Ele não deu mais detalhes do caso.

 

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