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Cuiabá, 13 de Julho de 2025
13 de Julho de 2025

18 de Abril de 2016, 10h:47 - A | A

POLÍTICA / DESVIO DO HSBC

Luciane nega envolvimento em esquema e repudia declarações de Riva

Ex-deputada foi citada por José Riva durante depoimento da Operação Ventríloquo, que apura esquema de desvio envolvendo o banco HSBC

DA REDAÇÃO



Pré-candidata à Prefeitura de Juara, a ex-deputada estadual Luciane Bezerra (PSB), encaminhou comunicado à imprensa, nesta segunda-feira (18), destacando que repudia veementemente as declarações do ex-deputado estadual e ex-presidente da Assembleia Legislativa, José Riva, que envolvem o nome dela em transações de desvio de recursos públicos enquanto ele era gestor da Casa de Leis. O esquema é investigado pela Operação Ventríloquo, do GAECO. Riva acusou Luciane e outros parlamentares de se beneficiarem do desvio, de cerca de R$ 9 milhões. 

Luciane afirma que, durante seu mandato, nunca soube de qualquer acordo com a Mesa Diretora, tendo tido conhecimento do assunto quando o mesmo foi noticiado pela imprensa. A adversária política de Riva, ainda lembra que sempre atuou como oposição ao ex-deputado.

Com sua pré-candidatura à Prefeitura de Juara, a ex-deputada ressalta que esta é a forma de tentar desestabilizar o pleito no município, uma vez que outro pré-candidato é o irmão de José Riva, Priminho Riva.

Luciane Bezerra disse que estará sempre à disposição para prestar qualquer esclarecimento e mais uma vez cita sua conduta durante todo o mandato, em que atuou enquanto oposição ao governo de Silval Barbosa (PMDB) do qual José Riva era aliado, tendo sido também oposição à sua gestão da Mesa Diretora da Assembleia Legislativa.

DEPOIMENTO DA OPERAÇÃO VENTRÍLOQUO

Em audiência, na semana passada, além de Luciane,  Riva implicou os deputados Mauro Savi e Romualdo Jr.  Todos, segundo ele, beneficiados pelo esquema com o HSBC. 

Ele disse que só ficou sabendo do “acordo” para a concessão de créditos ao então advogado do HSBC e delator do esquema, Joaquim Fábio Mielli Camargo, após o pagamento já ter sido liberado, em 2014. O ex-deputado alega que não pediu nada. 

“Fui comunicado que já havia sido feito o acordo. Depois Romoaldo me comunicou que seriam devolvidos 45% e que, se eu tivesse alguma conta a pagar, poderia falar para ele”.  Riva, chorando, disse que resolveu falar o que sabe porque não estaria mais suportando a carga sozinho.  “Não é justo que eu passe como líder de uma coisa que eu não fui", queixou-se.  

Segundo o ex-parlamentar o advogado Joaquim Mielli teria depositado parte do valor recebido no acordo com a Assembleia, mas disse que não se lembra de todas as contas que indicou para o depósitos. 

Riva listou R$ 450 mil repassados à União Avícola, sendo cinco parcelas. Outro feito a um chamado Iramed, de R$ 230 mil e mais R$ 1 milhão à Tauro Motors, em duas de R$ 500 mil.  

Romualdo teria indicado contas que receberiam R$ 714 mil para Redeshop e de R$ 241 mil ao Canal Livre. R$ 1 milhão teriam sido depositados em contas indicadas por Mauro Savi.  

 

 

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