ANA ADÉLIA JÁCOMO E MÁRCIA MATOS
DA REDAÇÃO
A candidata a governadora Janete Riva (PSD) negou durante ato de lançamento da sua candidatura, na noite desta segunda-feira (15), que esteja servindo como “laranja” na campanha eleitoral.
Ela assumiu a disputa após o marido, deputado estadual José Riva (PSD), ser barrado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), baseado na Lei da Ficha Limpa.
Apesar de negar a manobra política, Janete declarou que, caso eleita, irá governar em parceria com Riva, que segundo ela, teria atuado nas gestões dos últimos chefes do Executivo: Dante de Oliveira (PSDB), Blairo Maggi (PR) e Silval Barbosa (PMDB).
Com excessão de Dante, que faleceu em 2006, Riva, Blairo e Silval são investigados na Operação Ararath, da Polícia Federal, que apura esquema de lavagem de dinheiro no Estado.
“O Riva estará ao meu lado em algumas decisões, pela experiência que ele tem, assim com ajudou Dante, Blairo e Silval. O deputado Riva foi fundamental nas grandes decisões, mas a palavra final do meu Governo ficará com o povo de Mato Grosso”, avaliou ela.
Janete, que começou a campanha afirmando que o adversário Pedro Taques (PDT) havia comprado a cadeira de governador, frisou que não irá tolerar ataques à sua honra e de sua família. Leia AQUI.
A candidata se referiu ao fato de, além de seu marido que responde a mais de 100 processos por improbidade administrativa no Tribunal de Justiça de MT, seu genro, João Emanuel (PSD), que teve o mandato de vereador cassado após ser filmado em transações fraudulentas. Ambos ficaram presos por três dias este ano.
“O que não podemos permitir é que pessoas apontem o dedo, critiquem, mas tendo benefícios que não consegue explicar. É numa eleição que se mostra transparente. A população sabe do nosso trabalho e das nossas ações, e eu devo me pautar nas entrevistas e nos debates pelo plano de governo. Mas ataques serão revidados, com certeza”, ressaltou.
"O PLANO B"
Na pré-campanha, Janete foi cogitada diversas vezes para concorrer à uma cadeira na Assembleia Legislativa, mas sempre negou a possibilidade sob o argumento de que não queria participar da política neste momento para abrir espaço à filha do casal, a candidata a deputada estadual Janaina Riva (PSD) [esposa de João Emanuel].
Questionada se essa decisão de não disputar uma vaga na Assembleia estaria relacionada à expectativa de precisar substituir seu marido na campanha ao governo do Estado, caso o mesmo não passasse pelo julgamento do Tribunal Superior Eleitoral, a candidata negou que fosse o "plano b" do PSD.
“Não! Em momento algum tivemos essa pretensão, mas deixei claro para o nosso grupo que estamos prontos para ser ‘soldado’ ou ‘general’. Tenho orgulho pelos partidos que me indicaram pra ser a substituta de Riva”.
