RDNEWS 14h00
Após ter parte dos bens bloqueados pelo juíz federal Jeferson Schneider, sob acusação de envolvimento com a "máfia dos sanguessugas", o senador Jayme Campos (DEM) garante que o processo foi arquivado. O democrata nega ter enfrentando problemas devido à decisão judicial. "Queriam que eu ressarcisse R$ 83 mil, era só eu entregar meu carro que teria resolvido a questão. Não sou ladrão. Isso foi uma grande sacanagem política. O juiz foi arbitrário, nem fui ouvido", reage o senador.
Jayme recorreu da decisão ao Tribunal Regional Federal da 1ª Região, em Brasília, e, segundo ele, obteve êxito no arquivamento do processo. "A ambulância foi adquirida há 10 anos e abriram um inquérito depois de cinco anos para investigar. Não tinha nada, nem fui o responsável por estipular o preço da compra. De tão inconsistente, as denúncias foram arquivadas", defende-se.
O escândalo da máfia dos sanguessugas ganhou repercussão nacional em 2006. Segundo o Ministério Público Federal (MPF), o esquema contava com aval de políticos, servidores públicos e empresários que faziam acordos para garantir compra de ambulâncias com preço superfaturado a partir de recursos garantidos por emendas parlamentares. O prejuízo aos cofres públicos, entre 2001 e 2005, seria superior a R$ 110 milhões.