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Téo Meneses
Da Redação
A empresária Ana Antônia de Arruda confirmou perante à Polícia Civil a acusação de que o advogado Johnan Amaral Toledo cobrava propina para liberar pagamentos na Prefeitura de Várzea Grande. Ele é filho do ex-secretário municipal de Governo, Garcez Toledo Pizza, e já havia sido acusado pelo prefeito Murilo Domingos (PR) de vender supostas facilidades no município com ajuda do pai.
A empresária foi ouvida pelo delegado Miguel Rogério Sanches e alegou que teria sido interceptada pelo filho de Garcez e ele teria cobrado inicialmente 50% do valor de uma dívida que ela tem a receber do município. Depois, o percentual caiu para 30%. "Ele disse que, se eu quisesse receber o montante em questão, era pra lhe repassar o valor em espécie no momento do recebimento", afirma Ana Antônia.
A empresária tem a receber da Prefeitura de Várzea Grande um precatório (dívida reconhecida oficialmente pelo Tribunal de Justiça) e que expirava em 2007. Ela vendeu remédios para o município em 1999 e 2000, mas a dívida não foi paga.
Ana Antônia disse ao delegado que, diante das dificuldades em receber o valor devido, foi procurada por Johnan com a promessa do dinheiro ser liberado. O esquema só não teria ido adiante, segunda ela, porque a notícia estranhamente vazou. Ao saber da proposta, o advogado da empresária, Ênio Fabiano Hamerski, comunicou o Tribunal de Justiça, responsável por determinar o pagamento, e o Ministério Público Estadual (MPE) para que o caso fosse investigado.
Foi essa denúncia que originou o inquérito na Polícia Civil que ainda está em andamento. A Prefeitura não confirmou o valor devido à empresária. O depoimento dela foi prestado ao delegado Miguel Rogério Sanches no dia 17 de junho de 2009.
Murilo afirma que Johnan representa empresas e pessoas que brigam na Justiça para receber de R$ 15 milhões a R$ 18 milhões da Prefeitura. Como o município se recusou a fazer os pagamentos, ele alega que isso teria levado Garcez a fazer várias denúncias contra a atual gestão.
