MARCIA MATOS
DA REDAÇÃO
O deputado Emanuel Pinheiro (PR), usou a tribuna da Assembleia Legislativa, na sessão ordinária desta quarta-feira para defender o prefeito de Várzea Grande, Walace Guimarães (PMDB), refutando as declarações do senador Jayme Campos (DEM) que, segundo ele, estaria intimidando o poder Judiciário para tentar tomar a todo custo a Prefeitura de Várzea Grande.
Na tribuna Pinheiro pediu a intervenção do Tribunal de Justiça de Mato Grosso, desclassificando as afirmações de Jayme de que ingressaria no Conselho Nacional de Justiça (CNJ) contra o juiz da Comarca de Várzea Grande, que segundo ele estaria “segurando” o processo no qual seu partido acusa Walace de crime eleitoral na campanha de 2012, quando disputou a Prefeitura com sua esposa Lucimar Campos (DEM).
“Não aceito e peço ao presidente do Tribunal de Justiça, o desembargador Orlando Perri, que tome providências, não aceite intimidação ao poder Judiciário, não aceite ao membro que deve ter autonomia e independência para na serenidade da Justiça julgar dentro daquilo que está no processo julgar o que está disponível para a sua apreciação”, disparou.
"Ele não pode querer que um desejo pessoal ,que uma frustação nas urnas lhe vitimou possa virar um caso público"
O deputado ainda pontuou que Jayme estaria tentando atropelar o processo Judiciário para impor na Justiça o que não conseguiu nas urnas.
“Com todo respeito que temos pelo nosso senador Jayme Campos ele não está acima da lei ele não está acima do poder Judiciário e ele não pode querer que um desejo pessoal, que uma frustação nas urnas lhe vitimou possa virar um caso público, de necessidade pública de urgência pública, até de apelo emocional”.
O deputado ressaltou que é preciso respeitar o tempo hábil para o juiz Otávio Vinícius Peixoto, da 58ª Zona Eleitoral julgar o caso sem se intimidar.
Para Pinheiro a intenção do senador é desestabilizar o prefeito Walace.
“O que está em discussão é uma intimidação velada (...) Parece que é o desejo de criar um segundo turno nas urnas, o desejo de tomar o poder a qualquer custo. Não há um jornalista ou colega deputado que não tenha ouvido por aí que daqui a 60 dias o Jayme Campos derruba Walace, já estão criando e tentando implantar o terrorismo para desestabilizar o prefeito que a duras penas tenta reconstruir Várzea Grande de uma herança maldita que recebeu de uma cidade totalmente destruída”, criticou.
O deputado afirmou que irá pessoalmente tratar desse assunto junto ao presidente do Tribunal de Justiça.
"Parece que é o desejo de criar um segundo turno nas urnas [em Várzea Grande], o desejo de poder a qualquer custo".
WALACE
A assessoria de imprensa da Prefeitura de Várzea Grande frisou que a atitude de Jayme transparece que ele estaria tentando dar lição ao Judiciário, ou influenciar a decisão da Justiça. A assessoria informou que as reclamações de Jayme não teriam sentido algum já que o processo corre normalmente na Justiça. O prefeito portanto refuta a atitude do senador de pressionar o Judiciário e espera que ele aguarde a decisão da Justiça assim como ele tem aguardado.
SUPOSTO CRIME
O suposto crime eleitoral em questão, que envolve Walace e seu vice Wilton Coelho (PR) seria pela prática de “caixa dois” e abuso de poder econômico durante as eleições de 2012, quando o peemedebista foi eleito com 47.338 mil votos.