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Cuiabá, 25 de Abril de 2024
25 de Abril de 2024

29 de Dezembro de 2014, 16h:17 - A | A

POLÍTICA / INSEGURANÇA PÚBLICA

'Dentro das forças policias não temos algo concreto para apresentar', diz Zaque

Mato Grosso tem um efetivo de seis mil policiais, quando o ideal, de acordo com levantamento feito pela equipe de transição de Pedro Taques, é de pelo menos 14 mil.

ANA ADÉLIA JÁCOMO
DA REDAÇÃO



O promotor de Justiça Mauro Zaque, será o novo secretário de Segurança Pública a partir de 1º de janeiro de 2015 disse, em entrevista ao Programa Conexão Poder, neste domingo (28) que pretende integrar a Polícia Militar, Civil e Corpo de Bombeiros.

Segundo ele, Mato Grosso tem um efetivo defasado e poucos investimentos no setor foram feitos pelos últimos governadores para melhorar o desempenho das investigações. As corporações precisariam atuar em conjunto, para produzir melhores resultados. Zaque ainda não tomou posse, mas vai assinar um plano de gestão criado por Taques para os próximos 100 dias de Governo, onde deverá cumprir metas e projetos.

“Temos várias metas para serem cumpridas e vamos trabalhar com a integração das polícias e com a regionalização. Não podemos mais permitir que as policiais trabalhem de forma isolada, por isso, é necessário desenvolver um plano de gestão e seguir esse plano, que se não for acompanhado de perto, se não for cobrados resultados, não vai funcionar”, avaliou ele.

Pra ter vaidade, temos que ter resultados. Ninguém quer ser ‘pai de filho feio’, primeiro tem que apresentar resultados

Questionado sobre o risco de unir as polícias e causar um estremecimento nas relações institucionais, por conta de possíveis lutas internas por vaidades e disputas de poder, Zaque foi enfático ao rebater, dizendo que a Segurança Pública de Mato Grosso não tem do que se orgulhar e nem motivos para haver disputas dentro das classes policiais.

Mato Grosso tem um efetivo de seis mil policiais, quando o ideal, de acordo com levantamento feito pela equipe de transição de Pedro Taques, é de pelo menos 14 mil. De imediato, Zaque afirmou que o Estado irá nomear concursados: serão 450 agentes investigadores, 120 escrivães de polícia, 600 policiais militares e 471 do cadastro reserva.

“Pra ter vaidade, temos que ter resultados. Ninguém quer ser ‘pai de filho feio’, primeiro tem que apresentar resultados. Nós estamos vaidosos em cima de que resultados, se não tem um trabalho para oferecer à sociedade? Dentro das forças policias não temos que falar em vaidade porque não temos algo concreto para apresentar”, avaliou Zaque, que é promotor de Justiça.

Em Cuiabá, este ano foram registrados 440 assassinatos. A ideia de Zaque é não ficar refém do pífio orçamento previsto para 2015, [que chega à ordem de R$ 1,1 bilhão], e para isso disse que pretende montar uma cadeia de responsabilidades, com metas a serem cumpridas. Ele disse que assume o cargo com a certeza de que “não há uma fórmula mágica” para resolver o problema da Segurança.

Na gestão do Estado, o déficit com pessoal, dívidas e custeio da máquina chega a R$ 1,7 bilhões, o que significa que faltam R$ 800 milhões para fechar a folha de pagamento e R$ 400 milhões para pagamentos de dívidas diversas que a Lei Orçamentária Anual (LOA) não vai cobrir. 

“Não podemos esperar que vamos assumir no dia 1º, e no dia 2 teremos uma fórmula mágica para resolver o problema da Segurança Pública. Estamos pensando em medidas a médio, curto e longo prazo. Uma das metas é saber onde estão os policiais e desempenhando quais funções. Não basta também colocar policiais nas ruas, temos que ver o perfil, se temos viaturas e o orçamento para pagar as diárias”, disse ele.

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