JUCIARA SANTOS
O vereador Edivá Alves (PSD) disse, após uso da tribuna livre na Câmara Municipal, pelo promotor de Justiça, Paulo Prado, que falou sobre a importância da aplicação da Lei Seca que, para cada 3 litros de bebida alcoólica consumidos pela população cuiabana, é vendido apenas um litro de leite.
De acordo com o vereador, toda vez que o assunto é colocado em pauta, é formado um lobby para a manutenção da venda de bebidas alcoólicas. “O sindicato de bares e similares induz o sindicato de garçons a apoiar esse comércio”, afirmou. Edivá disse que são mais de 10.000 mil pontos de venda de bebidas alcoólicas em Cuiabá.
Autor do requerimento foi o vereador Toninho de Souza (PSD). Segundo vereador, doi fatores influenciam a violência, as drogas e o álcool. “A droga depende do trabalho da polícia e o álcool é livremente vendido. E o problema não é a bebida, mas o seu excesso”, afirmou. Toninho afirmou que a participação do promotor é o primeiro passo das discussões sobre o assunto. “É um longo caminho a ser percorrido. Ainda quero organizar audiências públicas com donos de bares, autoridades da segurança pública e população para discutirmos o assunto”.
O vereador Everton Pop (PSD) disse que a participação do promotor foi de grande valia à câmara. “De todas as tribunas livres ocupadas, até o início do meu mandato, essa participação nos ajuda a trabalhar. Por que essa é uma luta para os nossos filhos. Eu não quero que o meu filho me veja, como eu vejo meu pai”, afirmou. O pai de Everton Pop foi atropelado por um motorista alcoolizado, quando voltava de uma feira. De acordo com o vereador, o pai continua enfermo desde então.
O promotor apresentou dados e estatísticas sobre a Lei Seca, comentando sobre os riscos da liberação do comércio e consumo de bebidas alcóolicas em eventos, e divulgou um vídeo sobre as consequências do álcool no trânsito e na violência doméstica aos vereadores. Paulo Prado disse que a resistência de donos de bares e hotéis é muito grande para a implantação da Lei Seca em Cuiabá. “Minha proposta é a menos radical, mas eficiente, impondo um horário para essa comercialização”.
Prado sugeriu que uma comissão da Câmara visitasse a cidade de Diadema (SP) para presenciar “o que deu certo”.
A aplicação Lei Seca na Capital, também é um pedido do Batalhão de Trânsito de Cuiabá. A instituição criada há dois anos, vem ministrando palestras pela capital sobre a importância da implantação da Lei Seca em Cuiabá, a fim de diminuir a violência no trânsito.
COPA DO MUNDO
Após a sanção do Senado e da presidente Dilma, ficou à cargo de cada estado-sede a decisão pela liberação ou não da venda de bebidas alcoólicas em Cuiabá. Segundo o promotor, a implementação da Lei Seca em Cuiabá, traria consequências à 2014, e por isso é necessário que o município tome uma posição antes de uma decisão da Assembleia.
Mesmo sem poder determinar ou não a liberação do comércio de bebidas alcoólicas no estádio de Cuiabá, a câmara se posicionou contra a venda. Segundo o vereador Deucimar Silva (PP), essa situação é inaceitável. “É uma vergonha ver o presidente da Fifa e o Senado brigando com o país para vender bebida alcoólica dentro dos estádios. É por causa de decisões como essa que vamos continuar vendo casos como o da menina que foi enforcada ontem, no meio de uma praça em Cuiabá”.
MATO GROSSO
Mato Grosso continua figurando em segundo lugar como o Estado da Federação com maior índice de acidentes de trânsito. Em 2011, morreram em Cuiabá e Várzea Grande 304 pessoas vítimas de acidentes de trânsito, e entre 2004 a 2010, segundo dados da Secretaria de Estado de Segurança Pública, Mato Grosso gastou em torno de 1 bilhão de reais com a violência no trânsito.
FONSECA 29/05/2012
ja tive em varias cidades q colocaram em pratica esta lei paracem cidade fantasma eos veredores tinham que preucupar com outras coisas que a cidade precisa
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