MAYARA MICHELS 17h40
DA REDAÇÃO
Três meses após a ação desastrada e mal explicada de policiais civis, que resultou na morte do vendedor Gilson Alves da Silva, de 34 anos, executado com oito tiros ao ser "confundido" com um ladrão de carretas, e a morte de dois policiais, João Caveira e Edson Leite, as investigações ainda não foram concluídas.
Após o assassinato os dois policiais morreram em um acidente de trânsito, ainda sem explicação, na Avenida Filinto Muller. A delegada Silvia Paluzzi, que investiga o caso, aguarda apenas a quebra do sigilo telefônico dos três mortos para concluir o inquérito.
A linha de investigação até o momento não mudou. O vendedor teria sido assassinado por engano, mas as investigações irão apontar se algum policial tinha rixa com a vítima, e os detalhes da participação de cada investigador.
"As principais pessoas envolvidas já prestaram depoimento e os laudos da perícia também já foram concluídos, assim que chegar o sigilo telefônico das vitimas faço a conclusão do inquérito", explicou Paluzzi.
Os polciais Edson Marque Leite, de 47 anos, e Maxwell José Pereira, 36, que executaram Gilson, saíram baleados da "briga". Edson foi atingido na barriga e ligou pedindo ajuda para o amigo e também policial João Osni Guimarães, 62 anos, conhecido como João Caveira.
Caveira, que não estava de serviço, chegou ao local em seu próprio veículo, um Golf preto, para socorrer Edson. Ao passar em alta velocidade pela Avenida Filinto Muller, perdeu o controle e bateu contra um muro. Os dois policiais morreram na hora.
Como o inquérito teria que ser concluído em 30 dias, a Delegacia Especializada de Homicídio e Proteção à Pessoa (DHPP) pediu a prorrogação do prazo no Fórum de Várzea Grande, para a conclusão do inquérito. As investigações também apuram a legitimidade da ação dos policiais civis.
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