MARCIO CAMILO
DA REDAÇÃO
Carlos Alexandre Meireles, amigo de infância do personal trainer Danilo Campos, que foi assassinado a tiros, no ano passado, disse em depoimento que Guilherme Dias de Miranda, 34 anos, suposto mandante da morte, era ligado ao Comando Vermelho.
A declaração de Carlos Alexandre Meireles foi dada em depoimento prestado na tarde desta quarta-feira (18) na 11ª Vara Criminal, no Fórum de Cuiabá.
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Alexandre confirmou que o personal foi ameaçado por Guilherme, devido ao caso extraconjugal com Ane Lise Hovoruski, 29 – ex-mulher de Guilherme.
Ele destacou que o amigo lhe contou sobre as ameaças que vinha sofrendo de Guilherme. Diante disso, Alexandre resolveu pesquisar sobre o marido traído, que morava no mesmo condomínio que ele.
Alexandre relata que na época foi alertado pelo segurança do condomínio para que o personal tomasse cuidado com Guilherme, pois segundo o funcionário, o criminoso possuía ligações com a facção criminosa Comando Vermelho.
Ele contou ainda que, preocupado com as ameaças, Danilo chegou a pedir uma arma emprestada, já que Alexandre é sócio de um clube de tiros. Ele então convenceu o personal a desistir da ideia, já que ele não era acostumado com o manuseio de armas.
Alexandre também confirmou que o personal lhe mostrou os prints das ameaças que sofria de Guilherme. "Já sei de tudo, vou atrás dele e de você", diziam os recados pelo enviado por WhatsApp.
Já as testemunhas de defesa - que também prestaram depoimentos nesta quarta - disseram que Guilherme é uma pessoa tranquila e que não possui envolvimento com o Comando Vermelho.
O personal Danilo se envolveu com Ane Lise, mulher de Guilherme, na academia Smart Fit Goiabeiras. Ela era aluna dele. O caso foi descoberto por Guilherme que, enciumado, passou a ameaçar de morte o personal trainer.
Danilo foi assassinado quando estava na Rua General Ramiro de Noronha, em Cuiabá, às 21h20 do dia 8 de novembro de 2017. Uma dupla de criminosos se aproximou em uma motocicleta e efetuou vários disparos contra o personal que morreu na hora.
Em depoimento anterior, Ane Elise revelou que o atirador que matou Danilo seria um boliviano que fugiu do país.
Ane também explicou que ficou chorando na mesa do restaurante ao saber da morte do personal e que Guilherme ficou tranquilo, como se nada tivesse acontecido.
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