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Cuiabá, 16 de Maio de 2024
16 de Maio de 2024

19 de Março de 2024, 18h:26 - A | A

POLÍCIA / COM AJUDA DA ESPOSA

Preso "lava" dinheiro de tráfico em mercado clandestino em penitenciária de MT

Para lavar o dinheiro, o preso que comandava a ação contava com ajuda da esposa, que estava em liberdade

DO REPÓRTERMT



A Delegacia Especializada de Roubos e Furtos de Rondonópolis cumpriu, nesta terça-feira (19), 11 mandados de buscas e apreensões na Operação Mercado Paralelo. Ação visava acabar com o mercado 'paralelo' na Penitenciária Major Eldo de Sá Corrêa, mais conhecida como Mata Grande, onde um dos presos lavava dinheiro do tráfico de drogas.

Para lavar o dinheiro, o preso que comandava a ação contava com ajuda da esposa, que estava em liberdade.

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A investigação conduzida pela Derf de Rondonópolis começou em 2020. Durante as diligências, a polícia descobriu a atuação do grupo nos crimes de tráfico, associação e integração de organização criminosa. Entre os alvos identificados na operação estão dois presos na Major Eldo de Sá.

De dentro da penitenciária, os dois comandavam o tráfico de drogas e controlavam o fluxo de dinheiro destinado ao presídio, caracterizando possível crime de lavagem de dinheiro. Um deles usava a companheira para movimentar o valor arrecadados no tráfico. Ela foi detida em flagrante em sua residência com drogas que levaria para a unidade prisional.

A Polícia Civil apurou que os valores arrecadados com o tráfico de drogas custeavam um mercadinho clandestino na unidade de detenção. Diálogos mantidos entre a mulher e seu companheiro, preso por homicídio, mostram que a mulher era instruída a fazer depósitos de valores em diversas contas bancárias que depois eram sacados para que os presos beneficiados pudessem fazer compras no mercado oficial da penitenciária e depois criar um mercado paralelo onde os produtos são revendidos com preços muito acima dos praticados.

No período investigado, ela chegou a ser detida em flagrante, em 2020, com mais de cinco mil reais e negou que o valor fosse oriundo do comércio de entorpecentes. A investigada disse ainda que o marido era responsável pelo mercado paralelo existente no Raio 2 da penitenciária regional e que levava, toda semana, em torno de R$ 5 mil destinados a cinco presos.

Nesta terça-feira, a Derf de Rondonópolis cumpriu mandados de buscas e afastamento de sigilos bancários, deferidos pelo juízo da 5ª Vara Criminal do município. As ordens judiciais tiveram como alvos dois presos detidos na penitenciária regional e suas respectivas companheiras.

A ação integra a Operação Erga Omnes, do planejamento estadual da Polícia Civil de Mato Grosso para combate a organizações criminosas.

 

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