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Cuiabá, 27 de Julho de 2024
27 de Julho de 2024

14 de Maio de 2024, 16h:49 - A | A

POLÍCIA / ALVO DA "APITO FINAL"

Câmera de segurança flagra prisão de servidor da Prefeitura de Cuiabá acusado de ser braço direito de líder do CV; assista

Após a prisão dele, a prefeitura emitiu uma nota comunicando a exoneração do cargo

THIAGO STOFEL
REPÓRTERMT



Um vídeo registrado por uma câmera de segurança mostra o momento em que o servidor da Prefeitura de Cuiabá, Jeferson da Silva Sancoviche, é preso por uma equipe da Gerência de Combate ao Crime Organizado (GCCO), na manhã desta terça-feira (14). Ele é acusado de ser um dos braços direitos de Paulo Witer Farias, o “W.T”, que é apontado como líder de um esquema criminoso que lavava dinheiro do tráfico de drogas com comércios e com o futebol amador na Capital. 

Na imagem, é possível ver o momento em que os policias abordam o carro em que o alvo está. Jeferson estava entrando dentro do veículo quando o mandado de prisão foi cumprido.

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O servidor foi gravado por câmeras de monitoramento fazendo o descarte de itens comprometedores, como a contabilidade da facção, anotações do tráfico e a tornozeleira eletrônica de 'WT', logo após a prisão do líder do Comando Vermelho ser cumprida em Maceió, em abril deste ano.

A equipe de investigação chegou até o servidor ao notar que ele não teria condições financeiras de adquirir um imóvel como o que constava em seu nome. Ele era motorista da empresa pública de limpeza urbana da Capital, com um salário bruto de R$ 3,6 mil.

Jeferson era servidor da Empresa Pública de Limpeza Urbana (Limpurb), mas estava cedido à Secretária de Obras, onde trabalhava como motorista no momento da prisão. Após a prisão, a prefeitura emitiu uma nota comunicando a exoneração dele do cargo.

Operação Apito Final

Em uma investigação que durou quase dois anos, a GCCO apurou centenas de informações e análises financeiras que possibilitaram comprovar o esquema liderado por Paulo Witer para lavar o dinheiro obtido com o tráfico de drogas. Para isso, ele usou comparsas e familiares como testas de ferro na aquisição de bens móveis e imóveis para movimentar o capital ilícito e dar aparência legal às ações criminosas.

A operação foi deflagrada no dia 2 de abril deste ano, com a finalidade de descapitalizar a organização criminosa e cumprir 54 ordens judiciais, que resultaram na prisão de 20 alvos, entre eles o líder do grupo, identificado como tesoureiro da facção, além de responsável pelo tráfico de entorpecentes na região do Jardim Florianópolis.

No bairro, Witer montou uma base para difundir e promover a facção criminosa agindo também com assistencialismo por meio da doação de cestas básicas e eventos esportivos.

A investigação da GCCO apurou que o esquema movimentou R$ 65 milhões na aquisição de imóveis e veículos. As transações incluíram ainda criação de times de futebol amador e a construção de um espaço esportivo, estratégias utilizadas pelo grupo para a lavagem de capitais e dissimulação do capital ilícito.

VEJA VÍDEO

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