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Cuiabá, 20 de Maio de 2025
20 de Maio de 2025

20 de Maio de 2025, 11h:06 - A | A

POLÍCIA / FALTA DE PROVAS

Polícia solta palhaços acusados do "golpe da maquininha" em Cuiabá

A polícia alegou falta de provas contra os acusados, porque alguns doadores afirmaram que os valores repassados ao grupo estavam corretos.

THIAGO NOVAES
DO REPÓRTERMT



Os cinco homens, de 23, 25, 22, 30 e 28 anos, que foram presos na manhã de segunda-feira (19), na Praça 8 de Abril, em Cuiabá, acusados de estarem aplicando o “golpe da maquininha” nos semáforos da Capital, foram ouvidos e liberados pela Polícia Civil.

Eles estavam usando fantasias de palhaço e abordando os motoristas, trafegavam pela região, dizendo que faziam parte de um projeto da Universidade de São Paulo (USP) e que as doações seriam para ajudar crianças em situação de vulnerabilidade. Entretanto, de acordo com denúncias feitas à Secretaria Municipal de Ordem Pública, os valores cobrados nas doações via Pix ou máquina de cartão seriam maiores do que o combinado com os doadores.

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“Já tivemos várias ocorrências nesse sentido. Então, a pessoa de boa vontade fala: ‘Olha, eu não tenho dinheiro’, mas eles estão com uma máquina e mostram QR Code para você fazer um Pix no valor que você deseja. Aí você fala: ‘Eu quero doar R$ 10, R$ 20, R$ 50’ e você faz a doação. Aí você vai checar a sua conta bancária e aquele mesmo valor virava R$ 100, R$ 200. São vários boletins de ocorrência registrados em Cuiabá. Estão sendo todos investigados pela Delegacia de Estelionato”, disse a secretária de Ordem Pública, delegada Juliana Palhares, em um vídeo nas redes sociais. 

Palhares é quem abordou o grupo na segunda-feira e acionou a Polícia Civil. Logo após, os homens foram ouvidos pelo delegado Eduardo Ribeiro e foram apreendidas cinco máquinas de cartão, cinco celulares e cinco álbuns fotográficos com imagens das doações.

A polícia entrou em contato com alguns doadores, que afirmaram que os valores repassados estavam corretos.

No último dia 12, uma pessoa chegou a registrar um boletim de ocorrência, afirmando que tinha aceitado doar R$ 100, mas quando viu o extrato do banco tinha feito um pix de R$ 500. No entanto, ao entrar em contato com a pessoa, ela não quis representar contra os suspeitos e nem comparecer à delegacia para ser ouvida. 

Como não houve nenhum flagrante, os cinco foram liberados. 

Conforme o delegado, as investigações agora continuam para identificar se as doações divulgadas pelos palhaços realmente foram repassadas à instituição que eles anunciam. 

Veja vídeo:

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