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Cuiabá, 13 de Maio de 2025
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10 de Junho de 2018, 08h:45 - A | A

POLÍCIA / ALEGOU INSANIDADE

Padrasto que degolou dois enteados fica em cadeia comum; juiz nega exame mental

Conforme o magistrado, a forma e gravidade dos crimes praticados pelo padrasto são provas de que ele tem consciência dos atos cometidos.

RAUL BRADOCK
DA REDAÇÃO



Jazonias Araújo dos Santos, que está preso por ter degolado dois enteados e matado um deles, teve o pedido de exame para comprovar “insanidade mental” negado pelo juiz Vagner Dupim Dias, da Terceira vara Criminal de Juína (735 km a Noroeste de Cuiabá).

Jazonias matou um enteado de 17 anos e esfaqueou o irmão dele, de 15 anos, que era deficiente físico. O crime aconteceu em outubro de 2017.

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Ao negar o pedido do exame, o juiz salientou que  as frases apresentadas pela defesa são isoladas e não fazem parte do contexto de doença mental.

“Indefiro o pleito de realização de exame de insanidade mental do acusado, nos termos do art. 149, caput, do CPP, tendo em vista a inexistência de indícios razoáveis que retratem algum distúrbio mental, cujas eventuais frases soltas trazidas pela Defesa são isoladas do contexto de doença mental”, decidiu.

Após matar os garotos ele enviou áudios por WhatsApp para a ex-mulher, nos quais relatou ter assassinado os filhos dela.

“Você gostou de ver seus dois filhos mortos? Gostou? Eu amei matar”, afirma o agressor em um dos áudios.

“Indefiro o pleito de realização de exame de insanidade mental do acusado, nos termos do art. 149, caput, do CPP, tendo em vista a inexistência de indícios razoáveis que retratem algum distúrbio mental, cujas eventuais frases soltas trazidas pela Defesa são isoladas do contexto de doença mental”, decidiu.

Ouça os áudios

Conforme a decisão do magistrado, do dia (30) de maio, a gravidade e a forma como o padrasto executou as vítimas, com planejamento, além de ameaças preliminares, são suficientes para comprovar que ele tinha inteira consciência dos crimes que cometia.

O pedido de exame da insanidade mental de Jazonias foi feito pela defesa dele, diante de alegações testemunhas.

Detre os relatos, está o fato de que não é comum um réu confessar, com detalhes, os crimes cometidos ainda dentro da viatura.

“Tinha acesso de raiva sem motivo aparente baseado apenas em algum tipo de ciúme bobo, que ele já havia ameaçado matar todo mundo, tentou matar duas vezes sua filha e sempre foi desequilibrado, e ainda, sendo dito pela genitora das vítimas que o acusado colocou fogo em suas roupas e que uma pessoa dessa não é normal”, havia pontuado a defesa.

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