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Cuiabá, 14 de Junho de 2025
14 de Junho de 2025

13 de Junho de 2025, 07h:00 - A | A

POLÍCIA / CASO RENATO NERY

MP: Policiais envolvidos em assassinato de advogado são do grupo de extermínio 'Gol Branco'

Wekcerlley, Jorge Rodrigo, Leandro e Wailson foram soltos após decisão da 14ª Vara Criminal de Cuiabá

DAFFINY DELGADO
DO REPÓRTERMT



O Ministério Público de Mato Grosso (MPMT) afirmou que os policiais militares do Batalhão da Ronda Ostensiva Tático Móvel (Rotam), que foram denunciados por envolvimento na morte do advogado Renato Nery, em Cuiabá, integram um grupo de extermínio denominado "Gol Branco".

Jorge Rodrigo Martins, Wailson Alessandro Medeiros Ramos, Wekcerlley Benevides de Oliveira e Leandro Cardoso vão responder pelos crimes de homicídio qualificado e tentativa de homicídio.

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Eles teriam forjado um confronto no Contorno Leste para ocultar a origem da arma utilizada para matar o advogado. No confronto simulado, um homem de 26 anos morreu e dois adolescentes de 16 ficaram feridos.

De acordo com o MP, análises forenses de celulares revelaram a existência do grupo de WhatsApp "criado em 12/07/2024 às 11:46:18h por Sd Rt Benevides, inicialmente denominado 'Ocorrências ROTAM'", denominado "Gol Branco".

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"Os participantes incluíam Leandro, Sd Rt Benevides, Cb RT Medeiros 18 e Sgt Rt Jorge, ou seja, exatamente os quatro réus", diz trecho de documento.

Além da tentativa de tentar combinar os depoimentos para atrapalhar as investigações do caso, foi apontado que o grupo atuava nas tratativas sobre execução de pessoas em confronto policial.

"O áudio PTT-20240712-WA0361 é ainda mais revelador da mentalidade dos agentes: 'Mas tá bom, tá de boa, mas tem aquela coisa, todo confronto tem alguém morto, eu estou de boa, falei para os caras, pedi desculpa pela cagada de pau, mas acho que não foi cagada de pau não!'. Esta declaração demonstra a naturalização da violência letal e a consciência de que perseguições policiais devem resultar em mortes".

"Outrossim, os comentários no grupo sobre pessoa identificada como '15' revelam aspecto ainda mais grave: 'O 15 está demais esse ano', 'Ele não para', 'Ele só pensa em matar matar matar'. Estas mensagens sugerem a existência de indivíduo dentro da organização com histórico de violência letal sistemática, caracterizando verdadeira organização criminosa voltada para eliminação de pessoas".

No mês passado, os quatro conseguiram uma decisão da justiça e foram postos em liberdade. Agora, o MPE recorreu da decisão. O pedido ainda aguarda ser analisado.

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