APARECIDO CARMO
DO REPÓRTERMT
O médico Bruno Felisberto do Nascimento Tomiello, de 29 anos, alegou que o tiro que matou sua namorada, uma adolescente de 15 anos, foi acidental. A versão, no entanto, é refutada pelo delegado do caso, Waner dos Santos Neves.
“O laudo pericial é muito claro em afirmar que foi um tiro na região da nuca, que transfixou da direita para a esquerda. Isso, no meu modo de entender, é incompatível com essa versão apresentada por ele ao irmão dele. Ele mandou um áudio para irmão dele afirmando que aquilo teria acontecido por acidente e o irmão repassou [à polícia]. Essa versão inicial de ela mesmo ter disparado não condiz com o laudo pericial”, disse em coletiva de imprensa na manhã desta segunda-feira (5).
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Conforme o delegado, o médico alegou ao irmão que a própria jovem teria feito o disparo. Mas essa versão foi desmentida pelo laudo pericial.
Ainda de acordo com o delegado, Bruno deve se entregar nesta segunda à polícia em Guarantã do Norte.
“Nossos investigadores estão neste momento tentando chegar no local onde ele vai se apresentar. O advogado dele já está presente e aí passaremos às oitivas”, disse.
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O crime teria ocorrido quando os dois estavam dentro de um carro. Apesar disso, conforme o delegado, o vídeo que circula nas redes sociais em que o médico exibe uma arma de fogo ao lado da vítima seria antigo, gravado antes do crime.
Veja vídeo:
Relembre o caso
Conforme o registro da ocorrência, por volta das 2h da manhã, a Polícia Militar foi acionada para o hospital da cidade, onde havia um registro de entrada de uma adolescente, vítima de disparo de arma de fogo na cabeça.
O namorado foi quem a levou para a unidade de saúde em busca de atendimento. Ele dizia aos médicos que salvassem a menina dele, que ele não saberia viver sem ela.
Os médicos tentaram reanimar a adolescente por 40 minutos, mas não tiveram sucesso. Quando o óbito foi confirmado, o homem se descontrolou e tentou danificar parte da estrutura da unidade de saúde.
A Perícia Oficial e Identificação Técnica (Politec) foi acionada para fazer a necropsia. O caso é acompanhado.