MAYARA MICHELS
Os restos mortais da adolescente Maiana Vilela Mariano, de 16 anos, encontrados em uma cova 15 km da Ponte de Ferro do Coxipó do Ouro, só serão entregues para a família dentro de 30 dias. Segundo o médico legista Dionis Andreone, as ossadas só serão liberadas para o sepultamento após todos os exames serem feitos e os resultados ficarem prontos.
Os exames são vários, entre eles, um que irá revelar quando a garota foi assassinada, como foi morta e desde quando está enterrada. O único laudo que iniciado é o de arcada dentária. “Os resultados preliminares apontam que o corpo é da garota. Mas somente com o exame de DNA – que será extraído da ossada que será possível ter garantia segura que o corpo é mesmo da adolescente”, explicou o médico Andreone.
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Segundo o médico, o laudo oficial que comprova que os ossos encontrados são de Maiana, ainda não foi feito. “O processo é demorado e minucioso, estamos limpando ainda toda a terra para só depois fazer os exames”, contou Andreone.
O CASO
Maiana desapareceu no dia 21 de dezembro de 2011, depois descontar um cheque em uma agência bancária, no CPA II, em Cuiabá. Desde seu sumiço a Polícia Civil ouviu dezenas de pessoas que tiveram contato com a jovem, analisou imagens de circuitos de segurança, pediu quebra de sigilo telefônico e por último monitorava os suspeitos de terem assassinado a garota.
Durante todo o dia de sexta-feira (25-05), a Polícia Civil cumpriu oito mandados de prisão temporária, prendendo todos os envolvidos no crime, inclusive o mandante e os executores. Com as investigações, a polícia descobriu que o namorado da menina além de mandar matar, foi quem planejou a cilada para a adolescente ir até o local onde seria executada.
Rogério pediu para Maiana descontar um cheque de R$ 500 no banco e levar R$ 400 a um caseiro dele, osR$ 100 seria para ela comprar uma sandália. No local, os assassinos a esperavam. Segundo o assassino Paulo, Maiana entregou o dinheiro para ele e, depois de virar as costas ele a segurou e, com um pedaço de pano sufocou a adolescente, que acabou morrendo por asfixia.
O corpo foi levado até o empresário para ele ter certeza da morte. Depois, enterrado a 15 km da Ponte de Ferro do Coxipó do Ouro. O empresário teria pago R$ 5 mil pela execução da menina.