RAUL BRADOCK
DA REDAÇÃO
A Justiça manteve, em audiência de custódia, a prisão do advogado Anilton Gomes Rodrigues, que é apontado como líder de um esquema de emissão de notas frias, por meio de três empresas das quais ele figura como sócio de duas e contador das três.
De acordo com a Defaz, cerca de 6 mil notas frias foram emitidas pelas empresas Rio Rancho Produtos do Agronegócio Ltda. e Mato Grosso Comércio e Serviços e a B. da S.. Guimarães Eireli.
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As notas frias de produtos inexistentes totalizaram o montante de R$ 337.337.930,11 milhões, “gerando um prejuízo alarmante ao Estado”.
Anilton e outras oito pessoas tiveram mandados de prisão e busca e apreensão cumpridos após a deflagração da Operação Fake Paper, da Delegacia Especializada em Crimes Fazendários (Defaz).
O grupo criminoso era formado por empresários, contadores e produtores rurais e foi identificado a partir do sistema de inteligência da Secretaria de Fazenda, tendo a confirmação dos crimes confessada por um dos produtores, posteriormente, o que gerou a operação.
Fake Paper
A Operação Fake Paper deu cumprimento a nove mandados de prisão e 16 de busca e apreensão.
Ainda conforme a Polícia Civil, as investigações apontam que a organização criminosa falsificava documentos e selos públicos para abertura de empresas de fachada, além de disponibilizar notas fiscais frias para utilização de produtores rurais e empresas nos crimes de sonegação fiscal. Além disso, o esquema possibilitou a prática de crimes não tributários, como a fraude a licitação, ou mesmo 'esquentar' mercadorias furtadas ou roubadas.